sábado, 17 de dezembro de 2011

O "ontem" existiu mesmo!


Hoje acordei e pensei se o dia de ontem tinha existido mesmo, mas a falta de movimento nos braços dormentes e a dor em todos os músculos do meu corpo e o coração repleto de alegria responderam-me que sim, o “ontem” existiu mesmo. Aquela manhã competitiva e vencedora que juntou mais dois livros à minha estante e mais uma vitória à minha curta vitrina de troféus e inaugurou um dia de vitórias para a turma do meu coração, aquele almoço saboroso e cheio de histórias e piadas seguido do passeio pelo E. Leclerc. Aquela corrida desenfreada para o campo de batalha onde o espírito de equipa, a qualidade coletiva e a técnica do “menino-prodígio” humilharam aziados, arrogantes e companhia limitada juntando mais um vitória, por 7-1, à vitrina gigante de uma 11.1 mais unida e forte que nunca. Aquele roubo monumental e consequente afastamento do torneio que nos abalou mais fisicamente do que emocionalmente pois, como disse uma alma feliz durante o jantar, “o que fica é a equipa” e isso está guardado no mais seguro dos cofres da minha alma. E depois aquele jantar maravilhoso de “comida à séria” acompanhado de gargalhadas e da nostalgia própria do Natal celebrada ao lado de quem mais gosto. Aquela sessão fotográfica com “Os Maiores” bastante bem vestidos e apetitosos para mostrar ao mundo aquilo que a nova “Tripla da Gadelha no Ar” é capaz de fazer junta, seguida da troca de prendas igualmente fotografada pela fotógrafa de topo, que encheu a sala de alegria e de flashes, que trouxe brilho, sorrisos, abraços e beijinhos ao nosso Natal, que trouxe a melhor prenda de sempre “de Maior para Maior”, que trouxe até a mim a lembrança de como é bom ser criança e receber um brinquedo novo e que é, sem dúvida, aquele que mais felicidade nos poderia trazer. Obrigado João pelo carro que vai preencher as minhas férias e vai encher a minha casa de peões e curvas apertadas a grandes velocidades, obrigado 11.1 por tudo o que me dão e pelo brilho que dão à minha vida, obrigado Daniela pela saborosa prenda extra, obrigado Maiores por… … serem Os Maiores, obrigado Marta pelas fotos, pelo bolo, por toda a alegria com que enches o meu coração, obrigado Juliana pela beleza que me enche os olhos e pelo amor que faz de mim aquilo que sou: feliz! E obrigado Natal por me dares tudo o que até agora me deste. Obrigado.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Feliz Aniversário!


  Feliz aniversário. É o que as regras mandam dizer neste dia especial, mas porquê ficar por aqui? Por que não dizer tudo o que há para dizer nesta simples data? Por que não fazer deste dia o melhor dia de sempre? Afinal, tu mereces. Mereces mais que esta caixa guardadora de tesouros secretos que unem cada batimento dos nossos pequenos corações, mereces mais que esta flor com um destino traçado e uma beleza demasiado abaixo da dos teus olhos e do teu sorriso, mereces mais que estas simples palavras com que o meu amor pinta o teu aniversário, mereces mais que estes acordes básicos e esta voz desafinada que te ama. Mas dou-te tudo o que tenho e consigo dar, entrego-me com tudo o que te dou porque sou eu que estou em cada tesouro secreto que guardarás, a olhar para ti e a admirar o teu sorriso, sou eu que estou na beleza singela desta flor, a contemplar os teus olhos sinceros e fantásticos, sou eu em cada palavra que lês e sentes, a tocar os teus lábios sorrindo esperando a mesma resposta, sou eu em cada acorde e em cada nota desafinada que ouves, a ouvir os teus medos e os teus sucessos, sou eu em cada segundo da tua vida a encher-te o coração deste amor que me prende a ti e que, assim, me faz diariamente feliz. Parabéns meu amor, amo-te.

  P.s: sabes o que é mais engraçado? O texto fica muito melhor e ainda mais verdadeiro se o leres com os verbos no futuro. 

sábado, 19 de novembro de 2011

A Luz


   Cheguei a casa e atirei a mochila para a cadeira vazia do meu quarto, mergulhei na minha cama pensativo e liguei a música como um fumador acende um cigarro, pus os auscultadores nos ouvidos como quem tira um isqueiro do bolso e liguei a música. Coldplay. Enquanto a música tocava eu folheava as páginas brancas de um livro qualquer que ainda não acabei de ler. Até que parei, o livro fechou-se e só a música não respeitou a paragem marcada na pauta que seguíamos: “Us Against The World”, arrepiei-me quando o vocalista cantou este verso que dá título à música, como se imaginasse, por dentro, aquilo que eu vivo e sinto, como se ao cantar aquele verso entrasse dentro de mim, lesse a minha história, visse o meu presente e cantasse aquilo que eu sou, cantou cada palavra como se vivesse a minha vida e te tivesse a ti, como se, de alguma forma, ele fosse eu e tu fosses dele, como se a nossa história fosse vendida em disco e ilegalmente retirada da Internet. Fiquei parado até ao fim da música e nem prestei atenção à faixa seguinte do CD, esbocei um sorriso e pensei em ti, longe destas quatro paredes que encerram comigo folhas e pergaminhos apaixonados pela luz que guia cada pedaço do meu corpo, pela luz que ilumina cada batimento do meu coração, pela luz que me faz amar cada segundo desta vida luminosa a dois e só a dois. Não me mexi e deixei o computador a gritar sons musicais para a imensidão do meu espaço. Adormeci. Desse sono quase eterno não relembro os sonhos espetaculares com cenas mirabolantes e cenários perfeitos, desse sono lembro apenas uma luz, a luz do meu adormecer e do meu acordar, a luz do meu viver e do meu dormir, a luz do meu andar e do meu pensar, a luz do meu mundo e do meu coração, a luz que és tu e somos nós, a luz que amo e amarei até que não reste nada deste cosmos iluminado eternamente em expansão e sem fim anunciado ou possível, a luz que, comigo, lutará contra um mundo, e outro, e outro até que sejamos apenas nós, eu, tu, a luz e este mundo que é nosso e só nosso…

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

"Nem todos os dias são bons dias..." 2.0

  
   No meio de cada gesto de afeto dado ao som do uníssono bater de dois corações, ela pede-lhe que ele a ame para sempre, sempre. E ele, ingénua e verdadeiramente apaixonado, promete mais do que aquilo que pode dar, promete uma eternidade perfeita e uma perfeição eterna, promete ser o que ela quiser quando ela precisar, promete promete promete… E depois de a fazer sorrir ele pede-lhe que ela nunca o abandone, nunca. E ela, ingénua e verdadeiramente apaixonada, promete tudo o que mundo tem e imagina ter, promete ser tudo o que ele precisar quando ele quiser, promete promete promete… Promessas irreais que fazem dele o super-homem que ela idealizou, o príncipe encantado que lhe enche os sonhos, e que fazem dela a mulher-maravilha das BD’s interiores dele, a rainha do seu vasto e palpitante reino. Mas, no fundo, Eles sabem que a morte nunca perde e que ela leva sempre a melhor sobre o amor, Eles sabem que nem o grande Shakespeare conseguiu fazer o amor vencer a morte, eles sabem que, um dia, aquele mar de rosas colorido vai acabar, eles sabem que, um dia, nesse dia, o mundo perderá o amor de que se orgulha e a felicidade com que se glorifica, eles sabem que que, um dia, nesse dia, num lugar qualquer, as suas almas chorarão em simultâneo um fim nunca premeditado ou discutido, eles sabem mas não pensam. “Sabes que te amo?” pergunta ele com o mesmo sorriso de quem simplesmente pergunta as horas esperando estar ainda longe do fim do intervalo. “Sei. E também te amo!” é a resposta ensaiada por um coração que sabe tudo e não pensa em nada, e sorriem, oferecem um ao outro um sorriso forçado pela inocência de ser feliz, um sorriso sincero e belo como o amor que partilham. “Tens medo do fim?”, a preocupação notória na sua voz fê-la ter medo, fê-la perguntar: “que fim?”. A resposta envergonhada saiu-lhe da voz seguida de um silêncio perturbador e interminável: “o nosso fim.”. O mundo podia ter gritado nesse momento, tinha motivo, tinha força, tinha vontade mas nenhum dos dois ouviria esse esgar sonoro de dor, estavam perdidos numa corrente avassaladoramente rápida de pensamentos, de imagens, de momentos e de histórias. “Tenho, tenho muito medo”. Outro silêncio abismal foi quebrado por um abraço que disse tudo o que queriam dizer um ao outro: “amo-te”, “amo-te”.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

"Nem todos os dias são bons dias..."


No meio de cada gesto de afeto dado ao som do uníssono bater de dois corações, ela pede-lhe que ele a ame para sempre, sempre. E ele, ingénua e verdadeiramente apaixonado, promete mais do que aquilo que pode dar, promete uma eternidade perfeita e uma perfeição eterna, promete ser o que ela quiser quando ela precisar, promete promete promete… E depois de a fazer sorrir ele pede-lhe que ela nunca o abandone, nunca. E ela, ingénua e verdadeiramente apaixonada, promete tudo o que mundo tem e imagina ter, promete ser tudo o que ele precisar quando ele quiser, promete promete promete… Promessas irreais que fazem dele o super-homem que ela idealizou, o príncipe encantado que lhe enche os sonhos, e que fazem dela a mulher-maravilha das BD’s interiores dele, a rainha do seu vasto e palpitante reino. Mas, no fundo, Eles sabem que a morte nunca perde e que ela leva sempre a melhor sobre o amor, Eles sabem que nem o grande Shakespeare conseguiu fazer o amor vencer a morte, mas prometem, prometem sorrisos que embelezarão toda uma vida, prometem uma felicidade estonteantemente imortal, prometem ser eternos até ao fim e, na verdade, são eternamente felizes por serem aquilo que sempre serão, apaixonados.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

(introduza aqui o seu título)


   7:30. O despertador lembrou-me que estava na hora de ser feliz. A voz inconfundível do José Cid nas suas “Favas com Chouriço” faz-me abrir muito os olhos e tomar um pequeno-almoço cantado ao som das notícias lidas numa televisão ligada por acaso. Ao lavar os dentes recordei: “é hoje” e sorri para o espelho, despenteado com aquela inocência de quem está genuinamente apaixonado. Ao sair à rua não encontrei passadeira vermelha que me guiasse até ti, que me aguardavas pacientemente nesse outro mundo onde tudo é belo e feliz por ser teu e meu e nosso. Mas vou, entro com um sorriso nesse mundo nosso e encontro-te, no ponto de encontro nunca combinado e onde tudo desaparece, onde as frases animadas das clássicas companhias são esquecidas e, aí, sou apenas eu e tu e ela, a felicidade, que é posta de lado quando sorris, quando falas, quando pensas, essa felicidade que é o plano de fundo numa cena eterna onde tu és protagonista premiada com tudo o que eu te sei dar e consigo oferecer, protagonista e criadora de uma história unicamente feliz que se chama amor e que eu guardo em cada músculo do meu corpo, ao teu lado, ao lado das nossas memórias e dos nossos planos. Hoje perco-me nas razões trigonométricas e no ADN da mesma maneira que, constantemente, me perco nas linhas que tu escreveste e escreves em mim com a caneta da tua perfeição, criando poemas sem versos e romances sem tempo nem espaço, porque em qualquer sítio, em qualquer altura, eu serei feliz, contigo. E como canta o José Cid no meu acordar: “vou ficar a vida inteira, a viver desta maneira, eu e tu, e tu e eu e tu, e eu e tu.”

domingo, 28 de agosto de 2011

"Hoje não!"


Hoje não. Não posso escrever, tenho os dedos cansados. Não quero, não insistas. Porquê? Porque falta-me inspiração. Sim, faltam-me aquelas palavras bonitas que formam frases engraçadas que dão origem a textos… Textos. Se não estou a pensar nela? Claro que estou a pensar nela! Mas não tenho o calor do seu abraço nem a paixão do seu beijo, não tenho o castanho apaixonante do seu cabelo que me dá sonhos e esperanças, nem os seus olhos perfeitos cheios de promessas eternas e sinceras. Sim, só isso. Falta-me tê-la e… tu sabes. (silêncio). Não, não mudei de ideias. Não te cansas? Escrever hoje não, a sério, não estou com cabeça nem com coração. Não, não estive com ela. Não, não falei com ela. Podemos ir dormir? Não, não é trocar as palavras sinceras que fazem parte de mim por uns “simples” lençóis, nem trocar-te a ti por uma “mera” almofada, nem mesmo trocar a felicidade de cada letra carregada de memórias por umas horas de sossego e calma, preciso mesmo de descansar. Amanhã eu tento, não insistas mais, amanhã eu tento. Amanhã, quando o toque da mão dela me encher a alma e acalmar o meu coração, eu escrevo, a sério. Não estou a desistir dela nem a desistir de ti. Compreende-me, por favor. … … … Sim, sinto a falta dela. Sinto falta de um sorriso perfeito e da voz sonhadora, sinto falta da alegria de um olhar e de… Tu sabes o resto, tu és o resto. É claro que gosto dela, e claro que gosto de escrevê-la, mas HOJE NÃO! … … … … … … … … Tudo bem, Amor, ganhaste, eu escrevo.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Dois parágrafos, duas vidas, um beijo.


Cada gota de chuva era contada com a mesma vontade que era impressa nos pedais da pequena bicicleta azul quando, noutros verões e noutros invernos, subia e descia aquela rampa despida de segredos vezes sem conta e fazia, no meu íntimo, relatos de uma corrida que ganhava sempre no último metro no último segundo. E cada palavra da voz cansada do meu pai era ouvida com o mesmo entusiasmo que, no meio dos legos coloridos, era vivido perante a atenção de quem, diariamente, lá passava para visitar o “menino”. E cada gesto teu era sentido com todo o amor que, um dia, me saltou do peito e percorreu cada osso do meu esqueleto e cada célula do meu organismo antes de, carinhosamente, se transformar num “amo-te” e num beijo eternamente único por ser teu e meu e nosso, num beijo capaz de inundar um oceano e partir qualquer continente, num beijo capaz de nos fazer felizes, juntos.
E depois desta eternidade melancolicamente vivida ao sabor de um vento salgado pouco resta de um parágrafo brilhante que noutra vida escrevi. A vontade desapareceu com a chuva num campo por cultivar. O entusiasmo foi embora com a voz do meu pai e com as visitas diárias para outras casas, outros mundos, outras pessoas. E o amor, o amor perdeu-se com todos os teus gestos para a gaveta das memórias carregadas do pó da felicidade de um beijo que, no final, deixa como sempre esteve, perfeito.

sábado, 13 de agosto de 2011

(sem título) 2


As lágrimas do céu que presenciaram aquele imortal inverno onde o amor floresceu como um pequeno girassol que procura, tal como eu, naturalmente o teu sorriso, essas mesmas lágrimas choram as saudades deste verão que nunca acaba e que nos deixa, incompreensivelmente, mais juntos e apaixonados como naquele primeiro beijo que não deve ser lembrado, como naquele embaraçoso momento em que quase te pedi em namoro. E, hoje, estando tão perto do teu coração sinto o palpitar da tua perfeição que, na sua inexistência, permanece como se a nós nos pertencesse e, incansável, vive numa conversa sem fim, num sorriso rasgado, num amor inesquecível. Agora, o céu não chora mais, porque os beijos são lembrados como forma de apaziguar a saudade e o pedido ficou gravado como início de uma felicidade que vivemos e partilhamos para que, um dia quando todo o mundo à nossa volta mudar poder sentir o mesmo amor e o mesmo orgulho que sinto hoje por te ter nos braços enquanto sonho e por desejar a cada segundo ter um carro vermelho para te levar comigo para um destino incerto mas certamente feliz ao dar-te aquilo que precisamos para, durante um momento, não sentirmos a distância que nos separa o olhar. Mas, essa mesma distância, fortalece o nosso coração, pois dá-nos a certeza de que a espera é compensada por um reencontro tão apaixonante que o mundo parará para ver o teu sorriso cruzar-se com o meu e os teus lábios tocarem os meus num momento que ninguém poderá apagar, que o mundo não tem ousadia para compreender, uma vez que, esse simples gesto, é carregado de um sentimento que não se explica, de palavras que não se pronunciam, de pensamentos que não se mostram, de um amor que apenas se vive, que apenas nós vivemos. Amo-te. Amo-te.

Rui Mesquita e Juliana Silva

domingo, 7 de agosto de 2011

M. A. ria


Hoje não me preocupo com a hora de acordar nem com o despertador que toca uma história do José Cid, hoje não dou importância ao inexistente pequeno-almoço nem às notificações de uma rede social cheia de notícias, hoje não saboreio o fantástico almoço de família e não me agarro freneticamente aos meus jogos viciantes nem à minha companheira de seis cordas, hoje ando perdido num único pensamento, numa única palavra que me enche os lábios de felicidade e o coração de orgulho… PARABÉNS. Parabéns pela senhora que és e pela mudança no mundo que representas, parabéns pela coragem das escolhas e pela lealdade aos amigos, parabéns pela beleza do teu rosto e a ternura do teu coração enorme, parabéns pelos momentos de felicidade que duram eternidades e me enchem a alma de boas memórias, parabéns por me carregares durante cinco dias naquele inesquecível AcaReg, parabéns pela força de carácter e sinceridade de espírito, parabéns por tudo o que me dás e por tudo o que representas, parabéns por este aniversário teu e só teu. PARABÉNS. E durante este ano ficou um “obrigado” por dizer, um obrigado pela paciência e pela atenção, um obrigado pelo amor e pela (melhor) amizade, um obrigado pelo melhor acampamento da minha vida e pelos sorrisos naturalmente belos, um obrigado pela garra e pela persistência, um obrigado pelos textos e pelo exemplo que me dás, um obrigado pela presença constante e pela felicidade que sempre me dás, um eterno obrigado por continuares a seres quem és e por me fazeres ser como sou, e um infinito de obrigados por me deixares chamar-te de melhor amiga.

Parabéns minha pequena mas enorme aniversariante!

P.S: amo-te melhor amiga ;)

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Amor, amor?

“Bom dia”. Tudo começou com um “bom dia”. Tudo começou como tem de começar, “bom dia”. E a resposta foi um pálido sorriso que encheu o corredor vazio com as palavras mudas que ficaram por dizer no meio de um diálogo que ficou por começar. E a trémula luz entre os dois olhares não diminuiu a magia de uma ponte de amor entre os dois corações que, secretamente pensavam em conjunto, sorriam em simultâneo, ouviam a mesma música, sentiam o mesmo sentimento que corria invisível por cada gesto nas duas vidas secreta e eternamente ligadas. E ao fim daquela melancólica manhã de puro e apaixonante silêncio há uma vontade enorme de quebrar todas as regras e ultrapassar todos os limites e ser feliz, há um instinto impresso em cada músculo e em cada veia que pede para cometer a loucura de sorrir com sinceridade, há a coragem momentânea para cometer a loucura de amar aquele “bom dia” que nos confunde o coração e aquece a alma, há… …  
---
“Adeus”. Tudo terminou com um “adeus”. Tudo acabou como tem de acabar, “adeus”. A lágrima sofrida de uma resposta seca e dolorosa ficou contida no olho que era espelho de uma dor mútua e comum às quatro pernas que se afastavam como um ponteiro se afasta daquela hora imortal e segue para um futuro ritmado passando repetidamente por quartos velhos e carregados de choro, inundados com cinco letras de amor que o destino decidiu destruir, inundados com rios salgados nascidos nas montanhas redondas de duas vidas separadas para uma eternidade que o abismo não suporta e que a morte não deseja. E depois de tantas noites de lágrimas sinceras, há um retorno impossível que a alma quer, há “desculpa-me” suplicante que ficará suspenso no sofrimento da solidão, há um abraço de esperança queimado com as cinzas de uma paixão morta com o lume de um amor extinto, há… …
---
Misturados com a luz de uma felicidade enraizada nos rostos sorridentes surgiam milagrosos abraços quentes como uma tarde de agosto escaldadas pela força de um amor que existia em cada poro de um corpo agarrado a outro num momento para além da loucura, do prazer, num momento de carinho e ternura. Perdidas num olhar selvagem de coragem e força criavam promessas de uma eternidade em que acreditavam com a mesma alma e o mesmo coração que os fazia fechar os olhos em cada beijo e acreditar que o mundo não importava e que tinham tudo o que precisavam para voar para sempre num amor puro e perfeito partilhado nas migalhas de um pequeno-almoço apressado, relembrado em cada tarefa rotineira de um dia preenchido até aos ossos, vivido num jantar quente e saboroso como a música da uma dança de quatro pés, sentido num “amo-te” sussurrado ao lado de um “boa noite”. E nesse dia de amor há paixão de uma saudade já querida, há brilho nos pequenos olhos felizes, não há data de um fim que todos sabem que nunca chegará por serem eternos naquilo a que se orgulham de chamar amor.

terça-feira, 19 de julho de 2011

(sem título)


- Não me canso de dizer-te que te amo. “Sabes que te amo?” Respondes sempre que sim, e sorris, sorris como se não houvesse amanhã e, na verdade, não há amanhã, cada beijo dos teus lábios, cada sorriso do teu rosto, cada palavra da tua boca são um eterno “agora” que nunca acabará. E é com isso que sou feliz, é com isso que vivo num imortal sorriso de amor, num inacabável sentimento de felicidade. Amo-te…
- Esse “sim” é a certeza dada pelo brilho e sinceridade do teu olhar e pela beleza inexplicável das tuas palavras que me fazem aquilo que sou, a pessoa mais feliz deste mundo. Feliz por te ter, feliz por te amar, feliz por ser amada. São os teus “amo-te” que me fazem entender a sorte de te ter sempre ao meu lado porque quando a distância me trai continuas na minha mente e no meu coração. Eu também te amo!
- E só hoje percebi a beleza do teu nome, só hoje percebi que andei todo este tempo perdido na(s) curva(s) de um “J” que sempre amei, que sempre idolatrei e que agora admiro por me dar tudo aquilo que realmente possuo, por me dar um sorriso e uma razão para lutar contra uma saudade minha tua nossa, por fazer de mim aquilo que, na verdade, sou, um homem com um coração maior que o mundo, e cheio, cheio de recordações e de momentos, de alegrias e felicidade, cheio de um amor que só tu me consegues dar. E por tudo isso, obrigado…
- Tudo o que te dou é um agradecimento por, em todos os momentos, me teres posto um sorriso. Quando estou com saudades e me dizes: “Nós vamos conseguir ultrapassar isto, juntos…”, nos momentos em que as barreiras à nossa felicidade eram demasiado altas tu disseste: “ Precisamos apenas de um pouco de paciência” e sempre que as minhas certezas se confundiram com as inseguranças tu tiveste calma e compreendeste sem me dirigires uma palavra menos sentida. Eu também tenho muito a agradecer-te…
- Esqueçamos os erros e as dúvidas, as lágrimas e as incertezas porque o que temos e construímos é bonito e até perfeito. Nós vivemos e somos uma canção que juntos cantamos no silêncio de um abraço e no amor de um beijo, somos uma história interminável que escrevemos num livro sem capa que marque o fim deste enredo apaixonante e único, somos um mundo à parte da dor, do medo e da tristeza, somos uma vida em dois corpos unidos num só, somos aquilo que queremos e precisamos de ser, somos a esperança e fé, somos tudo o que temos e partilhamos, somos o vermelho e o verde, somos humor e figuras de estilo, somos respostas e perguntas difíceis. “O que mais somos nós?”
- “O que mais somos nós?”… Somos a parte que não pertence ao tudo por ser demasiado especial, somos uma vida fixada num momento inesquecível, somos a perfeição que subsiste na ausência de uma sociedade que a destrói e de uma mente que não acredita nela, somos o amor concretizado em dois seres que encontraram o seu caminho, somos tudo o que sempre quis desde o primeiro momento … somos FELIZES.

Rui Mesquita e Juliana Silva

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O que mudou?


   Naquela tarde desértica do início de dezembro tudo tinha mudado, tudo estava diferente e nada, nada mesmo, estava como estivera. Menos a cor, a cor era a mesma, o telhado da casa continuava laranja, a cor dos meus olhos mantinha-se castanha e o inverno era, como sempre o fora, pintado pelas cores que a chuva e o frio usavam. E o cheiro, o cheiro talvez fosse o mesmo, por detrás de todas as constipações e gripes, o cheiro do pão-de-ló fresco e saboroso mantinha-se na mesa da cozinha, o perfume do meu pai teimava em inundar a casa de banho dele e a sala da televisão grande, e até o cheiro dos rissóis acabados de fritar da mim continuava preso ao seu eterno avental axadrezado. Mas o resto era diferente, o barulho mudou… Mas, os efeitos sonoros dos jogos dos meus primos eram os mesmos, os carros lá fora rugiam velozmente como antigamente, e minha irmã cantava a mesma música que sempre cantou e se calhar o barulho não mudou muito. Mudou tudo, menos a cor, o cheiro, o barulho, e menos as pessoas, as pessoas permaneciam pacientemente à espera de uma mudança que nunca haveria de chegar, a minha tia continuava a chegar com um sorriso permanente e a tagarelar horas a fio com a minha mãe que continuava a querer tudo impecavelmente arrumado e limpo, a minha insistia em trazer na sua bolsa uma piscina cheia de bons momentos e fantásticas recordações, a minha pequena irmã mantinha o seu amor pela música e massacrava alegremente os meus ouvidos atentos, tu não abandonavas o meu humilde e apaixonado coração, e por isso as pessoas não tinham mudado. E mesmo depois de tudo ter mudado, a natureza continuava calmamente gelada enquanto o meu pequeno cão abanava a cauda e soltava latidos de carinho a cada festa que lhe fazia no pêlo tentando esquecer o frio daquele inverno diferente por ser igual. Naquela tarde desértica do início de dezembro nada mudou e por isso tudo foi diferente…

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Se...


Se por cada vez que fechasse os olhos ganhasse um beijo teu, o meu mundo seria um eterno "piscar de olhos" constante. E amaria tanto a luz, e amaria tanto a escuridão, amaria sentir os olhos cansados e adormecer com um beijo teu. E quando morresse, morreria feliz por fechar os olhos.
Se por cada mentira que contasse, ganhasse um abraço nosso, eu seria um Pinóquio de carne e osso cujo nariz atravessaria os sete mares e viveria nos cinco continentes, e nem mesmo essa dificuldade em definir a minha nacionalidade ou língua oficial me deixaria infeliz pois sentiria os nossos milhões e abraços em todas as línguas e países com a mesma emoção e alegria.
Se por cada maldade que fizesse recebesse um segundo contigo, a minha vida seria um crime assombroso, eu seria procurado, condenado e até executado, mas isso valer-me-ia uma eternidade contigo, e por isso morreria feliz por saber que no outro lado, onde quer que ele fosse, iria estar contigo.
Se cada metro que o meu corpo corresse me reservasse uma memória tua, uma recordação nossa, a minha mente jamais ordenaria uma pausa, um descanso ou uma desistência, os meus pés não ficariam cansados de ver e rever todos os lugares do mundo e de sentir todas as pedras de todas as ruas do planeta, e os meus pulmões estariam contentes por, por mim, respirar sempre o mesmo ar que há na Terra e eu morreria feliz de cansaço por relembrar cada momento, cada abraço, cada palavra, cada beijo, cada sorriso, cada sentimento, por relembrar o nosso amor.
Se por cada boa ação que fizesse me concedessem um desejo, tornar-me-ia num fiel amigo de Deus e acabaria com todo o mal do mundo, para garantir que eras eternamente feliz.
Se por cada palavra que escrevesse recebesse um sorriso teu, ficaria um escritor sem tempo para editar ou publicar os seus livros, sem tempo para vivenciar experiências ou sentir emoções, apenas com tempo para escrever, escrever e escrever ainda mais. Mas mesmo sem livros publicados, mesmo sem experiências vividas ou emoções sentidas eu seria feliz com a luz permanente do teu unicamente belo sorriso.
E se por cada acorde que eu tocasse tu me desses um “amo-te” sincero e por cada nota que a minha guitarra soltasse eu fosse premiado com uma sílaba de afeto ou com um olhar de puro amor, todos os meus segundos ficariam presos em sustenidos e bemóis num espaço imenso entre Dó e Si. E se morresse num Sol, num Mi ou até num Lá, a minha guitarra não choraria a minha partida por saber que eu morreria feliz com aquelas cinco letras sussurradas ao meu ouvido… Amo-te…

sábado, 2 de julho de 2011

O meu quarto...


Olho o quarto com um sorriso de memórias e um olhar de mágoa pelo mofo das coisas e pelo tempo refletido na janela que outrora escondera o teu mundo do meu e o meu mundo do teu, e absorvo cada pedaço de madeira ora castanha ora azul, e confundo o branco da minha esperança com a cal das paredes esmurradas e pontapeadas com beijos e sorrisos, paixões e amores. E nesse momento as lágrimas traem-me os olhos e caem em direção ao tapete cheio de anos e pesado com o peso de um mundo e de outro mundo e ainda de outro mundo. E o brilho do meu olhar leva-me àquela mesinha de cabeceira de gavetas cheias meias (,) palavras e sentimentos ou preenchidas com a roupa que vestia o meu interior perdido em armários de puzzles que marcaram esse tempo em que tudo era perfeito, em que eu desconhecia o mundo e tudo era perfeito ou outras ainda repletas de passado de um universo que amei e idolatrei, com sentimentos e sorrisos, com alegrias e lágrimas. E paro, o meu olhar pára durante longos momentos sobre a camada de pó que cobre aquilo que fora o meu “bode expiatório”, o pó que não traduz as teclas gastas que fizeram de mim aquilo que hoje me gabo de ser, o pó que esconde os ídolos e mitos que criei e destruí em momentos de raiva loucura e prazer, o pó que mente sobre o amor que espalhei por uma página em branco numa invenção divina por mãos humanas e sorrio, saboreio a lágrima que me toca os lábios e sorrio porque relembro aquele que continua a ser o meu templo, o meu abrigo, o meu porto, o meu mundo… E hoje faço como ao longo de tantos anos fiz e puxei os lençóis e deitei-me na cama de riscas amarelas e azuis e olho a prenda que aquele Natal me trouxe, fecho os olhos e adormeço com o sorriso de quem está feliz por estar ali…

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O paraíso era já ali...


O paraíso era já ali,
Eu corria e o paraíso era já ali,
Corria mas o paraíso tornava-se numa miragem
Longínqua, inatingível, inexistente.

E parei, derrotado e cansado
De correr contra uma corrente,
De tentar mudar um mundo sem cura
E de curar um Homem sem mudança.

E morri, acho que acabei por morrer
Quando percebi que não valia a pena,
Que lutar era inútil, sofrer desnecessário
E vencer impossível.

E agora aqui estou, agarrado
A uma realidade de letras e versos,
Preso numa felicidade que não me pertence
Num inferno que não escrevi.

Não há diabo nem chamas a castigar
Aqueles que, como eu, desistiram de lutar
De sofrer, ali havia uma paz pintada de vermelho
E um ódio em forma de porta para onde corri.

E o paraíso era já ali,
Eu corria e o paraíso era já ali,
Corria mas o paraíso tornava-se numa miragem
Longínqua, inatingível, inexistente.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Hoje...

Estou num mundo que não é meu, numa casa que não é minha, sem ti, sem o teu calor e a tua paixão, estou nesta terra sem dono sem a firmeza das tuas palavras e a beleza do teu sorriso. Mas não morro, não caio nem desespero, não desisto nem me perco, não tenho medo porque te tenho, porque te tenho em cada simples coisa que faço, em cada pequena palavra que digo, em cada insignificante sorriso que crio, em cada apaixonante sentimento que sinto e amo, tenho-te em cada take de cada cena que gravo e volto a gravar e corto e volto a cortar, tenho-te em cada piada que uso para tentar disfarçar a tua ausência, tenho-te em cada mergulho numa água que não lava as saudades do teu corpo, tenho-te em cada golo que marco com o coração cheio de saudades de estar contigo, tenho-te em cada movimento do meu corpo triste por não ver o teu, tenho-te em cada aperto deste coração que te ama… E vejo-te em cada raio de sol que cega os meus olhos ansiosos por verem os teus, vejo-te em cada letra deste texto que escrevo para ti, vejo-te em cada folha de um jardim que me faz recordar o teu cheiro e o teu toque, vejo-te em cada imagem de uma mente que precisa do teu sorriso e do teu beijo… E sinto-te em cada sopro do vento que não me leva para ti, sinto-te em cada palavra de um mundo que me deixa com saudades dos nossos momentos, sinto-te em cada toque subtil nas teclas deste computador frio e insensível com quem partilho amores e sofrimentos, sinto-te em cada nota de uma música que um dia cantarei para ti e para nós, sinto-te em cada pequeno segundo deste amor que tenho por ti, sinto-te sempre…
Mas apesar de te ter em tudo o que faço, de te ver em tudo o que tenho e de te sentir em tudo o que vejo, sinto falta do teu abraço, do teu beijo, do teu cabelo, da tua carne, do teu olhar, do teu cheiro, da tua voz, da tua teimosia, da tua confiança, da tua beleza, da tua humildade, da tua perfeição, do teu sorriso, hoje sinto a tua falta… Mas também hoje te amo, também hoje te amo como te am(ar)ei sempre…

terça-feira, 31 de maio de 2011

Um ano em dois dias...


Naquela amena manhã de primavera Ele estava deitado na sua cama olhando o abanar suave das folhas, olhando a relva muito verde ao sabor da brisa que corria, olhando o rio demasiado azul que passava e passava, e sentia, sentia um sorriso que amava acariciar-lhe a cara, sentia as palavras no meio de um silêncio apaixonado que o deixavam unicamente feliz, sentia aquelas saudades permanentes do seu amor. E nessa amena manhã de primavera Ele era feliz por sentir, era feliz por senti-la…
Naquela tarde quente de verão Ele mergulhava na frescura do mar sentindo o sal simpático do oceano imenso, sentindo o calor abrasador de um sol único, sentindo a euforia de umas férias cansadas, e pensava, pensava num abraço que precisava, pensava nas divertidas novidades que nunca existiam, pensava na felicidade de um momento em que o mundo era só deles. E nessa tarde quente de verão Ele era feliz por pensar, era feliz por pensar nela…
Naquela manhã chuvosa de outono Ele apreciava a chuva alegre que caía nas ruas pensando na paz mundial que tarda em chegar, pensando na incontornável fome em África, pensando nos estragos humanos no clima global, e queria, queria um amor eterno que o apaixona, queria a música calma que os caracteriza, queria um segundo de paz com ela. E nessa manhã chuvosa de outono Ele era feliz porque queria, era feliz porque a queria…
Naquela fria tarde de inverno Ele parava admirando a beleza da neve que inundava a cidade querendo uma bebida quente e confortante, querendo um cachecol para o seu pescoço, querendo mudar o mundo naquela tarde naquele inverno, e amava, amava o seu olhar perdido na felicidade que criaram, amava a paixão de um abraço pedido e desejado, amava o amor de um beijo que guardava no coração pequeno para tantas memórias. E nessa tarde de inverno Ele era feliz por amar, era feliz por ama-la…
E é de novo primavera, e Ele olha de novo as folhas, a relva e o rio, e continua a ser feliz, continua a ser feliz por senti-la, por pensa-la, por quere-la, por ama-la…

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Tenho-te...

Aqui estou eu, longe do meu castelo, como prisioneiro de uma guerra que não existe, como morto de um conflito que ninguém recorda, mas sou feliz, estou preso e morto mas sou feliz, as minhas pernas recordam o caminhar a teu lado e por isso sou feliz, os meus braços não esquecem o teu abraço e por isso sou feliz, os meus lábios relembram o teu beijo e por isso sou feliz, os meus olhos lembram o teu sorriso e por isso sou feliz. E aqui neste mundo onde estou preso à morte tenho-te, tenho-te em tudo, tenho-te na beleza das flores que são belas como tu, tenho-te na preciosidade do sol que é precioso como tu, tenho-te na imensidão e na calma do mar que é tão imenso e calmo como tu, tenho-te na simplicidade da chuva que é simples como tu, tenho-te na perfeição deste silêncio eterno porque ele é perfeito, como tu. Mas nem as flores, nem o sol, nem o mar, nem a chuva, nem o silêncio me dão aquilo que tu me dás, nem eles me fazem como tu me fazes, nem eles são amados como eu te amo…

sexta-feira, 27 de maio de 2011

“Amo-te quase demasiado”

“Amo-te quase demasiado”. Amo-te porque seres o oceano do meu planeta, por seres a razão e o motivo da minha vida, amo-te por seres o sol dos meus dias e as estrelas da minha noite, por seres a inspiração e a motivação do meu trabalho, amo-te pela beleza que tens e pela felicidade que me dás, amo-te por tornares os pequenos momentos em grandes histórias, por tornares as grandes dificuldades em enormes sorrisos, amo-te por seres perfeita e única.
“O pessimista vê a dificuldade em qualquer oportunidade enquanto o optimista vê a oportunidade em qualquer dificuldade”. Abraço-te, beijo-te, sorrio-te na dificuldade do silêncio, penso em ti na dificuldade da solidão de uma tarde de sol, sinto-te na dificuldade de uma corrida diária que nos ocupa e nos retira o tempo que merecemos, e amo-te na dificuldade eterna de o explicar.
Mas tu ultrapassas as frases, ultrapassas as palavras, ultrapassas os silêncios e ultrapassas os sorrisos, a tua perfeição ultrapassa o mundo na chegada ao meu coração, à minha mente, à minha alma, o teu amor é a necessidade única da minha existência e contigo acabaram-se as hipérboles e os eufemismos, não há exageros nem expressões ligeiras, este “amo-te eternamente” é desprovido de recursos de estilo e repleto de um sentimento, repleto deste amor que é eterno, que é perfeito…
“Amo-te quase demasiado”.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O poema cresce...

   O poema cresce em cada palavra que te digo e te dou, cresce em cada gesto e em cada toque de um corpo sem dono, cresce em cada silêncio de um discurso de amor que sinto dentro de cada palavra, dentro de cada verso. Porque o poema é isso, o poema são palavras dentro de versos, sentimentos dentro de palavras, lágrimas e sorrisos dentro de sentimentos, o poema sou eu, és tu, o poema somos nós.
   Como fogo num inverno frio, água num deserto quente e abandonado o poema cresce na dor, cresce no sofrimento, cresce na raiva, cresce na descrença e cria, cria sorrisos, cria alegrias, cria paixões, cria felicidade, o poema cria o poeta, o poema cria o sentimento, o poema cria o mundo em cada novo verso, o poema cria o amor, o poema cria-se a si próprio...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Foste, és e sempre serás!

   Vejo o teu sorriso parado numa foto que me enche a alma, que me preenche o sorriso. Vejo a felicidade no teu abraço e sinto o amor do teu olhar que diariamente me faz feliz. E tudo mudou, o inverno tornou-se verão, o frio agora é calor, mas nós não mudamos, eu continuo a ser eu e tu continuas a ser tu. Tu continuas a ser a rapariga com o melhor coração do mundo, continuas a ser, como sempre foste, a dona do meu coração, continuas a ser a rainha do meu reino e a imperatriz do meu império. Foste e és a menina inteligente que por obra do acaso caiu na minha turma, foste e és a fã número um dos meus textos, foste e és a minha fonte de inspiração e de distracção. E sei que serás sempre a rapariga das perguntas difíceis e das respostas inesperadas, a rapariga que nunca tem novidades e com quem está sempre tudo bem, sei que serás sempre a perfeição divina num corpo humano. E há momentos que não esqueço e pessoas que lembrarei sempre, não esqueço os abraços (in)termináveis e os sorrisos faladores, não esqueço os textos lidos e sentidos e as discussões sem solução, e lembrarei, lembrarei sempre a rapariga do silêncio que teima em ficar, a colega de turma que usa o termo “oximoro” em vez de “paradoxo”, a colega de turma que me acompanha na matemática e que falha comigo nos arredondamentos, a rapariga dos óculos da beleza e do rosto de ouro, a rapariga do sorriso rasgado e do olhar brilhante, a paixão de uma hora de almoço num local só nosso, a rapariga teimosa que não aceita ser perfeita, lembrarei sempre a rapariga que amei, que amo e amarei sempre, lembrar-me-ei sempre de ti. E a minha rotina mudou, tu mudaste a minha rotina, agora não acordo com sono, acordo contigo, agora a minha caminhada para o inferno tem um motivo, agora o meu trabalho é recompensado com o teu sorriso e o meu empenho é reconhecido com aqueles momentos em que tudo desaparece, e o meu deitar agora é triste por não te ter e feliz por te imaginar. E recordo com um sorriso, que foste tu, a minha princesa perfeita, que fez de mim aquilo que sempre sonhei ser, feliz.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Um amor em verbos...

Estou. Hoje é segunda-feira e estou sozinho nesta manhã quente, estou fechado num quarto com a constante e fresca corrente de ar, estou abandonado num sonho que abandonei, estou sozinho nesta cama que me faz companhia, estou perdido num mapa que eu próprio criei, estou sem rumo num mundo que não me pertence, estou num mundo teu sem ti…
Quero. Hoje é terça-feira e quero ser feliz, quero ver-te e ouvir-te, quero sentir-te e abraçar-te, quero sorrir como sorrio quando os meus braços são teus num abraço que nos une numa eternidade feliz, quero o teu beijo que não tive, quero o sorriso que fez e faz de mim um poço incansável de felicidade que roubo ao brilho do teu olhar e retiro da força que me ofereces, quero-te comigo num sonho eterno a dois, num amor-perfeito que partilhamos…
Sou. Hoje é quarta-feira e sou um eterno rei sem trono, sou um príncipe com uma princesa distante, sou um rapaz que ama, um homem que sente. Deixei de ser o que o fraco mundo quer que eu seja, e agora sou aquilo que tu precisas que eu seja. Sou um índio sem flecha, um cawboy sem pistola, sou um Deus sem crentes. Mas depois de um espectáculo de magia à luz do teu sorriso a minha mente transformou-me naquilo que sempre quis ser e que fizeste com que fosse: um homem feliz.
Faço. Hoje é quinta-feira e faço um texto de amor por ti, faço uma surpresa com palavras e sentimentos, faço um mundo só nosso num papel apaixonante, não faço o que quero, faço aquilo que preciso, aquilo que tu precisas, aquilo que o nosso mundo precisa, amo-te.
Sinto. Hoje é sexta-feira e sinto o coração a explodir-me no peito, sinto um amor que nos caracteriza, sinto a felicidade que me dás e a alegria que me ofereces, sinto os teus olhos sorridentes olhando os meus, sinto os teus lábios brilharem quando me olhas, sinto os teus braços apaixonados amarrando o meu corpo num abraço que perdurará para sempre num sentimento que me preenche o corpo e a alma, sinto o calor do teu rosto iluminado pela fria luz do sol, sinto o fogo meu queimar toda a água de um mundo submerso em ódio, sinto a tua recordação percorrer todas as veias do meu corpo e dar-me aquilo que sempre precisei, este amor.
Penso. Hoje é sábado e penso como tudo seria se vivesse noutro lugar, noutro tempo noutro mundo, penso como seria a minha vida sem ti, triste sem sentido ou até inexistente, penso como seria o meu acordar sem o teu sorriso na minha mente, sem o teu amor no meu coração. E acordo. E o teu sorriso faz-me pensar em ti, no teu corpo, no teu rosto, no teu olhar, pensar em cada silêncio da tua amável e bonita voz, na simplicidade da tua sinceridade, na eterna beleza do teu ser. E neste adormecer feliz, penso de novo em ti, recordo-te num abraço que é felicidade, que é amor, que somos nós.
Amo. Hoje é domingo e amo o teu sorriso maravilhoso, o teu olhar simples e o teu rosto luminoso e belo, amo o teu abraço que me envolve, amo o silêncio amoroso da tua alma, amo o amor do teu coração. Amo tudo o que me dás e me desejas, amo a calma que transmites e a segurança que mostras, amo a felicidade dos nossos momentos e a paixão dos nossos abraços, amo a calma dos nossos passeios e a espontaneidade dos nossos sorrisos. Amo a falta de palavras que me provoca e o sorriso que em cada manhã me pões no rosto, amo a sinceridade do teu “amo-te” com a beleza do teu sorriso… Resumidamente, amo-te…

sexta-feira, 25 de março de 2011

Ele e Ela...


Naquela manhã sonolenta de quarta-feira Ele acordou estranhamente cedo e depois de uma já mecanizada rotina dirigiu-se vagarosamente para a escola onde sofrera e sorrira. E pensava, naquele pequeno caminho Ele pensava.
O sorriso dela denunciava o sonho que tivera, o amor que sentira. O seu sorriso era o espelho da sua felicidade e esperança, depois de alegremente cumpridas as tarefas habituais embarcou em mais uma viagem para o inferno que era céu ou para o céu que era inferno. E pensava, nessa viagem Ela pensava.
Vagueou pelas aulas da manhã esquecendo poemas, leis e fórmulas físicas, e ignorando os problemas do mundo contemporâneo, concentrou-se no seu futuro, na sua felicidade, no seu papel e na sua caneta. Naquela manhã de aulas Ele concentrava-se.
Estava nervosa, a sua manhã ia ser para esquecer, perdida nos versos de um poema, mergulhada na rigidez de leis e fórmulas físicas e profundamente empenhada nos problemas do mundo actual. Nessa manhã de trabalho Ela concentrava-se.
Não saboreou o almoço que lhe alimentou o corpo, não prestou atenção às letras do habitual jornal desportivo, sorriu forçadamente das suas próprias piadas para se tentar acalmar, não ouviu o riso nem os comentários dos que estavam com Ele. E quando leu a mensagem respirou fundo, levantou-se e despediu-se calmamente dos amigos que deixou. Depois esperou no sítio combinado enquanto conversava esporadicamente com um casal que conhecia. E ansiava, naquele pequeno muro Ele ansiava.
Notava-se a tensão na sua face e a tempestade interior que acompanhava o seu sorriso ao almoço, notava-se o dilema entre o coração e a mente, entre o amar e o pensar em cada palavra na animada conversa e nos bonitos sorrisos. Despediu-se das amigas que deixou, dirigiu-se ao sítio combinado com um turbilhão de ideias e sentimentos. E ansiava, naquele caminho para o desconhecido Ela ansiava.
Sentiu o seu amor explodir no seu peito e sentiu toda a sua energia ser transformada num sorriso quando viu a sua vida resumida naquele momento, naquele olhar e naquele “vamos?” que ouviu e que o fez amar ainda mais. E sentia, nesse momento único Ele sentia.
Caminhava ao lado do seu amor, da sua felicidade, discutia o lugar do encontro com o peso do mundo, e por dentro havia um misto de felicidade e medo. Estava feliz por amar e por estar ali com Ele, juntos, e tinha medo de errar, de não saber amar, de não conseguir ama-lo da forma que sabia que Ele merecia. Mas sentia tudo, naquele caminho sem destino sentia.
Eles pararam, naquele momento queria beija-la e mostrar-lhe o quanto a amava, mas entregou-lhe o que tinha pensado e preparado, entregou-lhe o seu coração de papel, e Ela leu-o, leu-o como se lesse o seu coração, e cada palavra lida aumentava o brilho dos seus olhos e o armo do seu coração. Ele olhava-a e lia-lhe o sorriso e o brilho no olhar e esperou pelo silêncio que lhe encheu a alma, sentiu cada segundo desse silêncio como uma oportunidade única de olhar para Ela e admirar a sua beleza, para conhecer o seu sorriso. E foi no silêncio que se abraçaram, foi no silêncio que disseram tudo o que sentiam, foi no silêncio que se amaram se sentiram, foi no silêncio que foram completamente felizes.
O caminho de regresso foi como que uma demorada despedida, como um eterno adeus que não lhe deu nem pediu. O último abraço foi um “até já” feliz, apaixonado e sentido, e nesse abraço ele amou, nessa despedida ele amou-a como sempre amara. Amou o seu sorriso, o seu olhar, o seu coração, amou a sua perfeição.
Sentiu a felicidade no seu próprio olhar e no sorriso dele, sentiu a perfeição do caminho silencioso de volta à dura realidade, e sentiu o último abraço como um eterno momento de felicidade. E nesse momento amou, amou o sorriso dele, o seu cabelo e o seu olhar, amou-o pela palavras e sentimentos, amava-o por toda a felicidade que lhe dava, por tudo o que fazia.
Estavam felizes, eram felizes, juntos, eternamente unidos pelos dois corações que eram apenas um. Não esqueciam o sorriso e o abraço partilhado e sentiam o eterno amor que não deixou que naquele dia deixassem de sorrir e de pensar no próximo de muitos dias felizes.
Naquele dia e na eternidade Ele e Ela mostravam ao mundo que ainda é possível amar e ser feliz com isso.

segunda-feira, 21 de março de 2011

O que é o amor afinal?


É palavras ditas no intervalo de um abraço e antes de um beijo. É o antes e o depois de um ser morto pela dor do mundo e salvo pela alegria da paixão. É uma subida para uma montanha sem cume, a pisar eternamente a fria e branca felicidade, a suportar para sempre o calor apaixonante irradiado pelo teu sorriso, a sentir a calma transmitida pela circunferência lunar do teu rosto. É um permanente diálogo entre corações juntos num só sentimento, num só amor. É uma escolha do destino que nos prende o olhar e aprisiona o sorriso em cada bater do coração. É a perfeição que existe em ti e me faz sentir-te e admirar-te sempre e em todo o lado. É a fúria de um furacão na serenidade de um lago no sul do teu, meu, nosso coração.
É um imperdível lutar contra aquilo que nos destrói. É um secreto e permanente olhar de protecção e carinho. É abraçar-te sem realmente te tocar. É beijar-te em todos os “bons dias” e todos os “adeus”. É ter-te em tudo o que faço, penso, vejo, ouço e sinto.
É algo inexplicavelmente especial que me faz completamente feliz…
   

terça-feira, 15 de março de 2011

As palavras do poeta...


São sábios caminhos de uma eternidade
fixa, sem tempo de pensar
na dureza incerta de se criar
e se sonhar, sem tempo de se ferir com a morte
nas frases e nos poemas incertos.
São sábios caminhos de uma eternidade
fixa, que se importa e exporta,
que se transforma com um gesto
de asas de uma poesia...

sábado, 12 de março de 2011

Porque sou teu...


   Cada silêncio da minha alma velha, cada som dos meus lábios secos, cada suspiro do meu ser cansado, cada lágrima dos meus olhos cegos, cada sorriso do meu rosto triste. Tudo isto é para ti porque se não falo é para te ouvir, se o faço é para te elogiar, e cada suspiro é o alívio de te ter, se choro é por estares longe e se sorrio é por te sentir comigo.
   E quando choro, quando rio, quando corro, quando penso, quando sonho, quando sinto. Todos estes momentos são para ti porque cada lágrima é o reflexo de não te ouvir ou ver, cada riso é a consequência de te ter, cada corrida é uma forma de te alcançar, cada pensamento é para te manter viva em mim, cada sonho é uma criação da nossa bela história, cada sentimento é um pretexto para não te esquecer.
   Porque cada segundo que respiro, cada batimento do meu coração, cada movimento do meu corpo são e sempre serão para ti porque vivo para te fazer feliz e existo para te amar…

   "Amar-te é possuir a eterna doença
 da felicidade..." Rui Mesquita

terça-feira, 8 de março de 2011

15 razões para este amor...


   Amo-te pela beleza que marca cada passo teu, pela simplicidade de cada olhar apaixonado, pela forma única como me constróis, pelo eterno amor que nos une, pelo amor do teu sorriso, pela perfeição de tudo o que fazes, dizes e sentes.
    Amo-te por seres a princesa deste príncipe que não sou, por seres o amor deste coração que te ama, por seres o sol do meu dia e a lua da minha noite, por seres o meu motivo e o meu objetivo, por seres tudo aquilo que preciso e quero.
   Amo-te por me dares a felicidade que tenho, por me construíres como sou, por nos carregares dentro do coração que me deste.
   Amo-te por seres quem és da maneira que és... Amo-te minha princesa…



   "Did I say that I need you?
   Did I say that I want you?
   Oh, if I didn't I'm a fool you see
   No one knows this more than me" Pearl Jam

sábado, 5 de março de 2011

Apenas uma língua...


   Correr, saltar, beber, jogar, cair, viver. Os verbos perderam o sentido, não posso agir e por isso os verbos perderam o sentido, o “r” que finaliza um infinitivo está agora concentrado numa só palavra muda, num só sentimento guardado, num só gesto parado, num só “amor”, neste solitário e nosso “amor”.
   Sol, terra, chão, céu, casa, rua. Os nomes não existem, não os chamo nem os tenho e por isso os nomes não existem, os determinantes estão focados numa só palavra, num só ser, em ti, no teu nome que me enche o coração e a alma, que me ocupa a mente e o corpo.
   Bonito, alto, corajoso, alegre, divertido, feliz. Os adjetivos abandonaram as frases e descrições, não me interessa descrever o que não sinto nem tenho e por isso os adjetivos abandonaram as frases e descrições, e todo o belo valor qualificativo desses adjetivos está agora numa só frase, a definir uma só entidade, a qualificar-te de “perfeita”.
   E uma língua não passa de um caminho limitado para expressar tudo quanto sentimos, uma língua não é mais que puras relações de amor, dado por essa língua, sentido por dois corações.

   "Amar-te é ultrapassar os limites da comunicação, tal como a tua perfeição ultrapassa todo o meu coração" Rui Mesquita

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Resumidamente perfeita(o)...

   A noite já não chora sozinha nos meus sonhos irreais onde fui cavaleiro e lutador, onde fui rei e salteador, agora a noite sorri pela face alegre da lua escura algures no céu, agora a noite tem felicidade e tem paz, agora a minha noite tem-te.
   O dia já não se arrasta pelos caminhos pisados pelas minhas sapatilhas gastas de correr e cansadas do mundo ver, agora o dia é o sol que o ilumina, é o calor da terra por ser livre e feliz, agora o dia esquece a dor que já não tem, e deixa para trás a tristeza que o caracterizara, agora o meu dia tem-te.
   O mundo já não é tristeza e sofrimento pelos dias e noites de medo e lágrimas, agora o mundo é a luz dos meus olhos ao ver-te, agora o mundo é a paixão dos meus lábios ao chamarem-te, agora o mundo é a confiança da minha mão ao escrever-te, agora o mundo é certeza do meu cérebro ao pensar-te e imaginar-te, agora o mundo é amor do meu coração ao sentir-te em cada momento que vivo e crio, agora o mundo é tudo o que sou contigo, tudo aquilo que és em mim, agora o mundo é a beleza de um rosto teu, a simplicidade que só tu transmites, a coragem de uma alma que desconheces, a felicidade de um sorriso (e)terno que ofereces, o amor de um coração enorme que tens em ti, agora o meu mundo é a perfeição de uma pessoa que és tu.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Do fogo...


   Correr de um fogo ardente que me persegue por todos os caminhos que escolho, do fogo da derrota ardente que me atinge com a força de um duelo e a fúria de um adversário, do fogo da mente morta que agora tenho no frio lugar do coração retirado, do fogo que em cada momento me lembra que viver é a única oportunidade que temos para fazermos a diferença, é a primeira e última experiência de amor e ódio que o mundo nos dá, lembra que viver é o pouco tempo que temos para ser tudo o que queremos e temos de ser, é o pouco tempo que temos para sermos amigo e inimigo, apoiante e rival, bom e mau, certo e errado, correto e rebelde, fiel e mentiroso, é o pouco tempo que temos para sermos perfeitos. E continuo a corrida do fogo que tenho dentro de mim, do fogo que me mata e consome reconstruindo-me com a beleza das chamas, com a imensidão do próprio fogo, com a eternidade desta fugaz perseguição, com a tua suave e bela perfeição. Do fogo que me faz como sou, que me faz amar-te com tudo o que tenho, que me faz querer-te em cada segundo desta cruel, pequena e tua vida…

   "És mais que a luz deste caminho, és o caminho
para esta luz" Rui Mesquita

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Exageradamente egoísta...

   Hoje acordei de um sono meu onde tu não estavas e eles não existiam, um sono que comprei a mim mesmo por puro capricho, um sono que preservei e relembrei por ser apenas e só meu. E neste quarto que me pertence porque o fiz e imaginei, não há espaço para a tristeza de um mundo sem personalidades diversas, não há espaço para a tristeza do mundo, não há espaço para a mágoa de um Homem que ignoro no quarto meu da minha casa, um Homem que não me faz falta por não me desenhar ou construir, por não acrescentar felicidade ao meu inexplicavelmente infeliz ser. Na pacífica e solitária vida que levo e tenho, sou único e abandonado soldado que deseja acabar com a solidão que quis e escolhi, e vejo a felicidade espelhada na água do lago que só a mim pertence, vejo o amor na linha intocável do horizonte, vejo a esperança no teu sorriso bondoso dentro de mim. E tudo quanto vejo, ouço e sinto, guardo para mim no lugar de um coração marcado pela solidão e pelo egoísmo, um coração marcado por mim por ser meu…

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Technology


   Aqui na casa que me sempre teve, ouço o ruído da voz de algum jornalista que discursa catástrofes na televisão, ouço o rádio ligado que passa uma música dos anos 80 que todos cantaram e todos esqueceram, na cozinha a minha mãe é escrava do fogão eterno que acompanhou cada refeição que tomei, o meu pai faz remodelações no frigorífico que me ofereceu alegrias sem fim, a minha irmã dorme no quarto agarrada ao teclado em sonhos com ligação à Internet. Possivelmente, no andar de baixo está um primo meu, ou dois, ou três, viciados na realidade da consola, e ao meu lado a minha prima muda tecla letras e números num aparelho móvel de chamadas. Os meus tios chegam e calam o jornalista já cansado e perdem o olhar numa partida de futebol, um deles cala também o rádio e a música esquecida. Eu, saio daquele filme de sala de estar e entro no meu quarto onde o meu mundo virtual experimenta a escuridão do ecrã desligado, e na minha secretária o meu telemóvel toca, mas resisto e deito-me com um lápis com que escrevo linhas puras e sem fios ou teclas que são, naquele momento, a minha vida, a minha esperança, as minhas armas nesta guerra contra a imobilidade do vício virtual que me vai vencendo lentamente com o toque intenso do telemóvel e com a beleza do botão que me chama a usá-lo. E luto, luto e luto, mas perco, caio e desisto de tentar viver derrotando a complexidade binária que me rodeia, e rendo-me ao mundo frio e moderno da tecnologia. Atendo o telemóvel e carrego no “turn on” do computador.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

És tu...

 
   Cama, sonhos, felicidade, amor, eternidade… Posso resumir tudo isto numa palavra, num nome, num ser, num sentimento, em ti… Mas tu és mais que a calma dos sonhos das minhas noites, mais que o sorriso na minha felicidade, mais que a perfeição do nosso amor, mais que a presença da eternidade da vida, tu és mais que tudo isto, tu és a beleza de uma flor num campo de pétalas, tu és o calor e a luz do Sol que me dá vida, tu és a imensidão e a tranquilidade do oceano que me preenche o olhar, tu és a preciosidade de um diamante encontrado pela simplicidade dos meus dedos numa gruta, tu és a perfeição da pessoa que vejo todo o dia e nunca toco, tu és a cura para a resistente doença do querer e do ambicionar, tu és a esperança de cada movimento meu, tu és a peça desaparecida do puzzle da minha vida, tu és aquela que é minha por estar dentro de mim, que me tem porque te amo, tu és a única que conhece e cria os meus segredos, tu és aquela que eu quero e amo. Porque tudo em ti faz sentido em mim e em nós, os teus olhos são o meu olhar simples na nossa cumplicidade, os teus lábios são o meu sorriso nos nossos beijos, as tuas mãos são o meu toque nos nossos momentos, o teu coração sou em ti, em nós…

"És tu naquilo que dizes, és tu naquilo que fazes, és tu
naquilo que sinto" Rui Mesquita

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Rabiscos imperfeitos...


   A crueldade espalha-se por um rosto magoado de imperfeições mundiais e Humanas que quebram qualquer corrente de felicidade filosoficamente criada por uma mente que virou rio, um rio de lágrimas de tristeza pura e abandonada pelo coração solar que animava e iluminava todas as manhãs naquele bonito e alegre corpo que perdeu o Norte e o Este, que esqueceu o sentido de uma vida inteira de amor e felicidade, que se tornou num deserto escaldante mas escuro onde apenas existe dor e sofrimento em cada grão de areia existente, em cada parte de calor que me mata lenta e silenciosamente, onde aliás o silêncio é apenas interrompido pela constante corrente de lágrimas que me faz andar e andar, que me faz continuar à procura daquilo que já é um “mundo perdido”, um mundo perfeito e meu, perdido… E não quero pena, não quero compaixão, não quero a ajuda que não me podem dar, não quero o silêncio que me oferecem impacientemente, não quero o calor que me dão sem pedir, não quero este mundo fraco e cruel e real…

   Quero o “mundo perdido”, o mundo perfeito meu, perdido…

   Quero-te a ti, meu mundo…

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Amar-te é...


   Amar-te é cair sem ter um chão e sentir dor, é afogar-se num copo de água depois de o beber, é lutar contra o vento por desporto. Amar-te é conjugar num só corpo o adulto de uma mente e a criança de uma alma, é destilar uma solução de água salgada só com uma colher, é ter de escolher entre um anjo e outro sem ter meios de distinção. Amar-te é sentir o fogo oceânico a cada peça de roupa que se veste, é ver o transparente bem por óculos escuros de maldade, é tocar a inexistente bondade de um mundo horrivelmente mau, é ouvir o mudo som intenso de dois imóveis lábios. Amar-te é conseguir encontrar paz nas balas de uma guerra, é saber vencer o invencível medo, é descobrir sempre que o céu é azul atrás do cinzento da chuva. Amar-te é não querer o que se deseja e desejar o que não se quer, é sentir um som imenso num simples olhar teu e gravar uma imagem produzida pelos teus maravilhosos lábios, é sentir o bater regular da tua mão parada sobre o teu corpo dormente, é tocar a longínqua suavidade do teu incansável coração dentro de um corpo só teu. Amar-te é sofrer sem nada saber e sorrir aos teus olhos descobrir, é pensar e só te recordar, é no nada correr só para te poder ver. Amar-te é o pecado que ninguém tenta cometer, que todos desejam ter e que ninguém tem coragem de conhecer, é o constante sofrer por ser negado, o eterno viver angustiado, o feliz sentir-se apaixonado. Amar-te é fogo é vento é água, é sol é vento é chuva, é flor é vento é árvore, é casa é vento é mundo. Amar-te é o vento que leva a dor que sinto da solidão presente, que traz a nova felicidade que o teu sorriso me dá, que preserva no meu coração este amor impossível que sinto por ti, e que por ser impossível não esqueço nunca nem em nenhum lugar…
   Porque sim Joana, eu amo-te…

"Há coisas que só um anjo pode mudar" Rui Mesquita
"Há anjos que só um lunático apaixonado pode amar" Rui Mesquita (eu sinto-me um lunático sortudo por te ter)

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Tudo pelo teu sorriso...


   O mundo que hoje enfrento sem a coragem de um herói, sem a força de um deus, sem a beleza de uma musa, sem a esperteza de um homem, sem a rapidez de um beijo, sem o sentimento de uma música, esse mundo é frio e mau, é um mundo de morte e de dor, onde imperam o sofrimento e o choro, onde “lágrima” é a palavra de ordem e a felicidade é uma vagabunda fugitiva que, sem sorrisos nem palavras de amor, se esconde e se hospeda neste meu secreto e feliz coração que não muda o mundo que constrói um novo, um mundo novo, com pessoas novas e sentimentos novos, com novas cidades, com um novo amor, com um único amor, com o nosso único e apaixonante amor…
   E este novo mundo sou eu espalhado em cada ponte e em cada rua, sou eu parado em cada esquina e em cada semáforo, sou eu escrito e lido em cada notícia de cada jornal, sou eu sentido e a sentir cada gota desse imenso mar de amor que criei para ti, para nós, esse imenso mar onde nado eterna e desalmadamente para te ter e te ouvir, para te ver e te tocar, para te ler e te sentir, esse imenso mar de amor que sinto dentro de mim no meu mundo, e este novo mundo sou eu vivido em cada beijo que se ouve, em cada declaração que se vê, em cada amor que se sente e que se ama, sou eu dentro de ti que és este novo mundo, que és eu, que me tens e ouves, que me vês, que me tocas, que me lês e que me sentes, este novo mundo criado pelo meu amor eterno é teu, porque te amo porque o fiz para ti e por ti… E porquê, tudo por um sorriso? Não, tudo pelo TEU sorriso…

"If you can't change the world, build a new one!" by Rui Mesquita