sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Tudo pelo teu sorriso...


   O mundo que hoje enfrento sem a coragem de um herói, sem a força de um deus, sem a beleza de uma musa, sem a esperteza de um homem, sem a rapidez de um beijo, sem o sentimento de uma música, esse mundo é frio e mau, é um mundo de morte e de dor, onde imperam o sofrimento e o choro, onde “lágrima” é a palavra de ordem e a felicidade é uma vagabunda fugitiva que, sem sorrisos nem palavras de amor, se esconde e se hospeda neste meu secreto e feliz coração que não muda o mundo que constrói um novo, um mundo novo, com pessoas novas e sentimentos novos, com novas cidades, com um novo amor, com um único amor, com o nosso único e apaixonante amor…
   E este novo mundo sou eu espalhado em cada ponte e em cada rua, sou eu parado em cada esquina e em cada semáforo, sou eu escrito e lido em cada notícia de cada jornal, sou eu sentido e a sentir cada gota desse imenso mar de amor que criei para ti, para nós, esse imenso mar onde nado eterna e desalmadamente para te ter e te ouvir, para te ver e te tocar, para te ler e te sentir, esse imenso mar de amor que sinto dentro de mim no meu mundo, e este novo mundo sou eu vivido em cada beijo que se ouve, em cada declaração que se vê, em cada amor que se sente e que se ama, sou eu dentro de ti que és este novo mundo, que és eu, que me tens e ouves, que me vês, que me tocas, que me lês e que me sentes, este novo mundo criado pelo meu amor eterno é teu, porque te amo porque o fiz para ti e por ti… E porquê, tudo por um sorriso? Não, tudo pelo TEU sorriso…

"If you can't change the world, build a new one!" by Rui Mesquita

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Declive de um vetor...

   Aqui e para mim, o referencial cartesiano tem apenas duas direções, a direção para o teu infinito vertical e o X eterno de amor que sinto neste coração pertencente a lR e onde somos duas retas coincidentes…

   Um amor eterno chamei-lhe eu numa intervenção oportunamente ingénua, duas vidas coincidentes chamas-lhe tu, uma paixão possível e indeterminada com infinitos momentos em comum… É o que nós somos, seres com o mesmo declive, com a mesma inclinação nulamente alterada de sermos afins, seres com o mesmo nulo na origem por sermos lineares e mostrarmos ao mundo que ninguém precisa de um “b” para ser feliz, que o “y”, o “m” e o “x” fazem de nós eternos seres ligados pela colinearidade dos nossos vetores diretores vitais, que nos dão e darão a direção a seguir eternamente, ligados por dois pontos comuns pelos quais passa apenas uma vida, apenas uma reta, a nossa vida, a nossa reta…

   E nem mesmo os percalços dos declives diferentes nos intimidam, nem mesmo os "amores" momentâneos e fugazes nos mudam a direção que é só nossa, só minha, só tua… Nem mesmo a concorrência de retas com um declive diferente nos retiram desta rota definida por uma simples equação que resume a nossa vida ao nosso amor, e o nosso amor a letras e números: “y=2x” que é explicada à luz do amor representado pelo “y” ordenado, e pelo “x” que é cada um corpo nosso, o meu, o teu…

   E hoje esqueci todos os nossos erros com essas retas que passavam por nós e nos tocavam mas deixavam imediatamente o nosso imenso e infinito coração à mercê de um vetor diretor que nos transforma num ponto onde nos encontraremos sempre por sermos eternos um com o outro… Hoje esqueci o declive do nosso vetor e esqueci 0,1 que perdi por ser, momentaneamente, concorrente e determinado com um vetor que não conheço por não seres tu, por não sermos nós… E hoje concentro todas as minhas ordenadas e abcissas naquele ponto genérico que nos representa, que somos e seremos eternamente um no outro…

   "Quem disse que o amor não pode ser vivido num plano bidimensional? " Rui Mesquita

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Para sempre Ju!


   No meio da escuridão, foi aí que te encontrei, foi nesse momento de medo e de incerteza, de lágrimas e de choro que te encontrei, uma pequena luz branca e cintilante ao fundo de um túnel outrora infinito, e essa pequena luz, essa grande pessoa, tu, tornou-se, num espaço de segundos, de dias, de anos, a salvação para aquela escuridão eterna. Porque tudo o que me deste, todas as alegrias e todos os momentos felizes que me deste pela distância de dois teclados, de dois ecrãs, de duas almas, de dois corações, porque contigo reaprendi a andar, reaprendi a ver, reaprendi a escrever e a sentir, contigo reaprendi a amar tudo o que tinha perdido, tudo o que saiu de mim para voltar contigo, em ti, de ti, porque preciso das conversas pelas avançadas tecnologias humanas, preciso dos sorrisos partilhados pela frieza de um computador, pelo silêncio de uma aula, pela imensidão de um pavilhão corrido do avesso, porque preciso de ti, do teu ser, do teu sorriso, do teu olhar, da tua alma, do teu mundo, do teu amor, porque preciso de ti, preciso de nós. Mas estou sem ti neste quarto fechado eternamente à espera que o teu nome apareça subitamente no ecrã que liberta música que ninguém ouve, porque tu não estás aqui, não estás comigo, não te tenho, não te sinto, não te leio. E o sol hoje não brilha sobre a noite escura deste quarto fechado, porque tu não estás aqui, porque não te tenho, não te sinto, não te leio. E então o mundo muda, o quarto ilumina-se pela luz do teu nome, enche-se com a beleza da tua foto, acalma-se com o som mudo das tuas palavras, aquece-se com o amor que sinto, e nesse momento eu não sou eu, eu sou uns meros olhos que te vêm e lêem, sou uns simples ouvidos que te ouvem no silêncio, sou um grande coração que te sente, que te ama…
   Para sempre Ju!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Tudo num encontro...

   A água quente do chuveiro limpava a pele seca de um pobre corpo iluminado pela fraca luz de uma casa de banho, e esse corpo, o meu corpo, vestiu-se depois de limpo, e vestiu a sua melhor roupa, calçou o seu melhor calçado, usou o seu melhor penteado e o seu melhor perfume, porque ia visitar ou ser visitado pela melhor pessoa, pelo melhor ser, pela melhor mente, pela melhor alma, pelo melhor coração. E chegou, vinda do nada, chegou de onde não se vê o coração do meu corpo, de onde apenas se sente, e vinda desse outro mundo perfeito, abraçou-me e sussurrou-me “gosto muito de ti”, e o meu ouvido chorou com a alegria do momento, o meu corpo, o meu pobre e anteriormente velho corpo quis saltar e explodir no ar libertando toda a energia transmitida pelo sussurro dela, pelo abraço dela, pelo amor dela. E como se não chegasse, como se eu não tivesse já amor bastante para uma vida eterna, como se eu tivesse uma eterna fome e uma eterna necessidade de ser amado, como se precisasse eternamente dela para manter este sorriso esporádico, ela disse entre dois sorrisos, sentiu entre dois abraços: “és eterno, como este amor que te dou e nos unirá sempre”, e nesse momento de compreensão ardente e de amor simples, abracei-a entre dois rios de lágrimas com peixes felizes, senti-a entre dois amores amados, e contendo tamanha felicidade numa frase, consegui dizer: “amor, o meu amor por ti é como a Terra, não se escolhe, não se fala, só se ama, só se precisa, só se sente”. E foi tudo aqui, ali, lá, cá, fora, dentro, longe, perto, foi agora, logo, antes, depois, no momento, na hora, no mês, no ano, na vida seguinte, foi tudo sentido com a intensidade de um furacão, com a simplicidade de uma gota de água, com a beleza de uma flor, com o sentimento de uma música, com a eternidade de um deus, com um amor só nosso, só meu, só dela, só nosso. E amei-a aqui, ali, lá, cá, fora, dentro, longe, perto, amei-a agora, logo, antes, depois, no momento, na hora, no mês, no ano, na vida seguinte, amei-a em todo o lado em qualquer momento, porque temos a intensidade, a simplicidade, a beleza, o sentimento, a eternidade e o amor guardados no melhor coração, guardados num pobre corpo…

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Sem ver o que sou, sem ouvir aquilo que digo, sem viver aquilo que penso, sem sentir aquilo que me és, sem sentir o meu coração


   Sem ver o que sou, sem ouvir aquilo que digo, sem viver aquilo que penso, sem sentir aquilo que me és, sem sentir o meu coração. Era assim que a nostalgia do meu quarto me deixava, era assim que a música fuzilava alegremente os meus ouvidos, era assim que o cenário que impus me mantinha durante todas as simples e inesquecíveis noites sem dor, noites em que eras minha por momentos, por horas, por séculos, era assim que eu era, ora contigo, ora sem ti, e logo depois contigo de novo, era neste desconcertado estado que o teu amor fingido me deixava nessas noites sem sono e sem ti, contigo e sem sono, era assim que eu era em todos os sonhos que vivi e idealizei, que vi e criei, que te dei e senti. E foi nesses sonhos, nessas noites sem sono e sem dor, nesse cenário, nessa música, nesse quarto, que eu descobria que te tinha, que eras verdadeiramente minha, que a tua beleza era o brilho dos meus olhos, que o teu sorriso era o bater do meu coração, que os teus eternamente simples olhos eram a força do meu viver, descobri que o teu amor era eu, que eu era o teu amor, que me tinha dentro de ti, dentro de mim, descobri que todo eu era teu, que o meu fiel amigo cérebro era a frieza do teu corpo, que a minha desconhecida alma era gémea da tua, mas que eram mais que irmãs, descobri que o meu traiçoeiro coração era mais que teu, era de ti, para ti e apenas teu, descobri que eras a máquina perfeita que dentro de mim não podia parar, descobri que tu eras eu, e que eu era tu, que estavas dentro de ti, que eu existia dentro de ti, e tudo isto pareceu morrer naquela quinta-feira de manhã, em que saí do jardim perfeito, em que deixei de te ter em mim, em que morri e receei não te ter mais, em que tudo o que vivi e idealizei, que vi e criei, que te dei e senti desapareceu, e só a minha memória e o teu coração relembravam, naquela quinta-feira de manhã em que a minha morte foi contada pela tua voz a dizer “bom dia” e por um beijo matinal que nos fez novamente um, que me fez novamente adormecer...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Oficina de escrita...

   O termo “trabalho” pode ser avaliado e comentado de vários pontos de vista: o matemático, em que “trabalho = dinheiro” e portanto “2trabalho=2dinheiro”, que serve de esperança a todo o pobre proletariado que trabalha incansavelmente; o físico, em que “mais rapidez = melhor rendimento = mais dinheiro” que seria (ou é) a praia de qualquer atleta olímpico e de todos os corredores de motorizados; e por fim, o ponto de vista que está cientificamente provado graças a contas bancárias infinitas e dias eternos de fome, segundo o qual “trabalho = cansaço” e “trabalho = -dinheiro” o que traduzido por miúdos mostra que na realidade quanto mais trabalhador, mais pobre e cansado, e que quanto menos esforçado, mais rico. Aqui se vê, constata e sente o puro e cruel desconcerto do mundo.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Rabiscos filosóficos...


   Um anjo sem asas apareceu naquele simples quarto e desligou o despertador incansável e deixou a morte para depois, deixou a dor e os lamentos para outra hora. E esse anjo saiu, voou para longe daquele simples quarto agora abandonado pela luz e pelo som, voou para onde a morte não chega negra e má, e deixou o simples quarto arrumado e escuro, ainda com vida, com aquela vida especial.
   Entretanto a morte chegou ao simples quarto e ocupou o lugar vazia da luz e o espaço deixado pela ausência do som, a morte que fez o anjo voar, a morte que tirou a vida do arrumado e escuro quarto, a morte que pegou na vida, naquela vida especial, e a consumiu, a devorou, a tornou em morte.
   E hoje, o velho anjo que não voa, volta ao quarto da morte, constata a presença do seu eterno inimigo no lugar da luz, no espaço do som, e já sem forças e sem coragem, entrega-se à morte para reaver a luz e o som daquele quarto, entrega-se ao inimigo para esquecer para sempre a eterna guerra sem fogo que travou.
   E hoje a morte iluminou-se, sofreu o milagre normal da luz, as suas trevas clarearam e tornaram-se brancas e com vida, toda a morte morreu e originou vida, a vida de um anjo pobre de coragem, hoje, a morte transformou-se em vida…

“Há coisas que só um anjo pode mudar” Rui Mesquita”
“Mais que energia, produz vida” EDP

domingo, 9 de janeiro de 2011

Meu anjo!!!

  
   Cinco dias mostraram-me que é possível amar-se um sorriso, cinco dias, mostraram-me que era possível amar alguém por um sorriso, porque te amei desde o primeiro dia, desde o primeiro sorriso, desde a primeira foto, desde o primeiro “adeus”… E amar-te não é só pensar em ti como eu penso, não é só ter-te eternamente comigo dentro de mim, não é só escrever sobre um amor sincero e nosso, amar-te é sentir-te num eterno pensamento, é sentir-te dentro de mim, é sentir-te em cada palavra que apaixonadamente escrevo…
   Uma vida mostrou-me que é possível amar, uma vida mostrou-me que amar-te é ter o teu sorriso para sempre guardado no canto especial do meu simples coração… E aquele primeiro dia, aquele primeiro sorriso, aquela primeira foto, aquele primeiro “adeus” serão sempre memórias inapagáveis da minha memória, e o amor que nos une, o nosso amor, nunca sairá de onde pertence, do meu coração, do nosso coração…
   Não quero comparar-nos a palavras de uma nobre língua como a nossa, mas se o fizesse eu seria “amor”, porque eu sou todo amor, sou todo o nosso amor, e tu pelos mesmo motivos, serias “perfeita”… AMO-TE Joana...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

* Com ela eu vejo o mundo, ouço a saudade, cheiro a dor, toco na distância, com ela eu sinto o amor

   A noite está agradavelmente amena, não há barulhos no escuro do céu, o mesmo escuro do céu que me permite ver claramente a luz do seu coração, que me permite ouvir a presença silenciosa da sua bondade, que me permite cheirar o castanho dos seus longos e belos cabelos, que me permite tocar o verde profundo e tranquilo dos seus olhos, o mesmo escuro do céu que me permite sentir o tamanho e a forma do seu sonho. E por sentir esse sonho, deito-me e transformo-me num sonhador, num sonhador que faz mais que sonhar, que vê, que ouve, que cheira, que toca, um sonhador que sente, e até num qualquer sonho, o seu coração abre-me os olhos, a sua bondade enche-me os ouvidos, os seus cabelos premeiam o meu nariz, os seus olhos deliciam o meu toque, até num sonho, qualquer tamanho so seu sonho é amado pelo meu coração. E no mundo do escuro céu, o seu coração é a grandiosidade do mundo, a sua bondade é recordada com a saudade de uma vida, os seus cabelos tranportam a dor de não a ter, os seus olhos sofrem a distância dos nossos corpos, o seu sonho é amor, é o meu amor. E assim * . E assim eu sou completo, assim eu sou unicamente feliz.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Notas de bolso...

   O Sol brilhava no seu e portanto teu céu, e enchia-o de brilho e cor, e mais tarde, também a lua mostou-se bela no seu enganador quarto crescente, também o calor era abundantemente fresco e seguro, e eu estava feliz, feliz por ter o calor, por ter a lua, por ter o céu e o sol, por ter essa bonita tarde de Agosto onde tudo era fácil e simples, onde eu te tinha...
 
   Mas hoje tudo está diferente, tudo está apaixonadamente mudado, o Sol que brilhava no seu e portanto teu céu, desapareceu no longo Universo invernal, o teu céu escureceu e ficou negro, a lua deixou de se mostrar na mentira minguante para ser humanamente cega e fisicamente nova, o calor entrou em mim e deixou o mundo dos homens para se mostrar e ser mostrado apenas no nosso mundo de amizade e carinho, a bonita tarde de Agosto ficou no velho e eterno livro das boas memóris, a facilidade daquele momento perdeu-se com a magia e beleza do mesmo, e tornou-se chuva e vento de Inverno. E hoje eu contiuo feliz, mesmo sem o calor, sem a lua, sem o céu e o Sol, sem essa bonita tarde de Agosto, mesmo sem tudo isso eu continuo feliz porque te tenho, porque continuo a ter-te...