segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Era uma vez... uma tarde!

Não há nada como acordar no quente dos cobertores e sentir a chuva a cantar nas janelas e paredes de uma casa que nos protege sem fraquejar, sem nunca nos deixar ficar mal. Hoje foi assim que acordei, com a chuva a trazer uma mensagem de bom dia, com um perfume apaixonante em cada gota rápida e incisiva. Levantei-me a ler a mensagem pela terceira vez e sentei-me ao computador a escrever isto que podem ler. Hoje quero escrever sobre aquilo que ainda não aconteceu, sobre aquilo que acontecerá quando ela chegar, quando ela sair da chuva com um sorriso e me abraçar para enganar o frio deste janeiro. Quero escrever sobre uma tarde de segredos e de aventuras, em que os protagonistas, inseparáveis companheiros, lutarão com um amor apaixonante e indestrutível. Essa tarde, esta tarde, será mais especial que qualquer outra tarde, que qualquer outro dia, eu sinto isso, agora, enquanto bebo um leite quente entre as letras deste texto. Será uma tarde do passado, de relembrar histórias e rir com pormenores tão fofos como os olhares cúmplices que os acompanham. Será também uma tarde do presente, de viver um amor que só nós conseguimos compreender por ser só nosso e de o viver com uma carinha feliz e um coração arrebatado. E acabará por ser uma tarde do futuro, uma tarde domingueira de inverno com anedotas e adivinhas, com jogos e tropelias, uma tarde como aquelas de um futuro que sonhamos ter. E agora, aqui, em frente a este computador, resta-me esperar que ela chegue, deslumbrante e sedutora, e me faça o homem mais feliz do mundo.