terça-feira, 31 de maio de 2011

Um ano em dois dias...


Naquela amena manhã de primavera Ele estava deitado na sua cama olhando o abanar suave das folhas, olhando a relva muito verde ao sabor da brisa que corria, olhando o rio demasiado azul que passava e passava, e sentia, sentia um sorriso que amava acariciar-lhe a cara, sentia as palavras no meio de um silêncio apaixonado que o deixavam unicamente feliz, sentia aquelas saudades permanentes do seu amor. E nessa amena manhã de primavera Ele era feliz por sentir, era feliz por senti-la…
Naquela tarde quente de verão Ele mergulhava na frescura do mar sentindo o sal simpático do oceano imenso, sentindo o calor abrasador de um sol único, sentindo a euforia de umas férias cansadas, e pensava, pensava num abraço que precisava, pensava nas divertidas novidades que nunca existiam, pensava na felicidade de um momento em que o mundo era só deles. E nessa tarde quente de verão Ele era feliz por pensar, era feliz por pensar nela…
Naquela manhã chuvosa de outono Ele apreciava a chuva alegre que caía nas ruas pensando na paz mundial que tarda em chegar, pensando na incontornável fome em África, pensando nos estragos humanos no clima global, e queria, queria um amor eterno que o apaixona, queria a música calma que os caracteriza, queria um segundo de paz com ela. E nessa manhã chuvosa de outono Ele era feliz porque queria, era feliz porque a queria…
Naquela fria tarde de inverno Ele parava admirando a beleza da neve que inundava a cidade querendo uma bebida quente e confortante, querendo um cachecol para o seu pescoço, querendo mudar o mundo naquela tarde naquele inverno, e amava, amava o seu olhar perdido na felicidade que criaram, amava a paixão de um abraço pedido e desejado, amava o amor de um beijo que guardava no coração pequeno para tantas memórias. E nessa tarde de inverno Ele era feliz por amar, era feliz por ama-la…
E é de novo primavera, e Ele olha de novo as folhas, a relva e o rio, e continua a ser feliz, continua a ser feliz por senti-la, por pensa-la, por quere-la, por ama-la…

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Tenho-te...

Aqui estou eu, longe do meu castelo, como prisioneiro de uma guerra que não existe, como morto de um conflito que ninguém recorda, mas sou feliz, estou preso e morto mas sou feliz, as minhas pernas recordam o caminhar a teu lado e por isso sou feliz, os meus braços não esquecem o teu abraço e por isso sou feliz, os meus lábios relembram o teu beijo e por isso sou feliz, os meus olhos lembram o teu sorriso e por isso sou feliz. E aqui neste mundo onde estou preso à morte tenho-te, tenho-te em tudo, tenho-te na beleza das flores que são belas como tu, tenho-te na preciosidade do sol que é precioso como tu, tenho-te na imensidão e na calma do mar que é tão imenso e calmo como tu, tenho-te na simplicidade da chuva que é simples como tu, tenho-te na perfeição deste silêncio eterno porque ele é perfeito, como tu. Mas nem as flores, nem o sol, nem o mar, nem a chuva, nem o silêncio me dão aquilo que tu me dás, nem eles me fazem como tu me fazes, nem eles são amados como eu te amo…

sexta-feira, 27 de maio de 2011

“Amo-te quase demasiado”

“Amo-te quase demasiado”. Amo-te porque seres o oceano do meu planeta, por seres a razão e o motivo da minha vida, amo-te por seres o sol dos meus dias e as estrelas da minha noite, por seres a inspiração e a motivação do meu trabalho, amo-te pela beleza que tens e pela felicidade que me dás, amo-te por tornares os pequenos momentos em grandes histórias, por tornares as grandes dificuldades em enormes sorrisos, amo-te por seres perfeita e única.
“O pessimista vê a dificuldade em qualquer oportunidade enquanto o optimista vê a oportunidade em qualquer dificuldade”. Abraço-te, beijo-te, sorrio-te na dificuldade do silêncio, penso em ti na dificuldade da solidão de uma tarde de sol, sinto-te na dificuldade de uma corrida diária que nos ocupa e nos retira o tempo que merecemos, e amo-te na dificuldade eterna de o explicar.
Mas tu ultrapassas as frases, ultrapassas as palavras, ultrapassas os silêncios e ultrapassas os sorrisos, a tua perfeição ultrapassa o mundo na chegada ao meu coração, à minha mente, à minha alma, o teu amor é a necessidade única da minha existência e contigo acabaram-se as hipérboles e os eufemismos, não há exageros nem expressões ligeiras, este “amo-te eternamente” é desprovido de recursos de estilo e repleto de um sentimento, repleto deste amor que é eterno, que é perfeito…
“Amo-te quase demasiado”.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O poema cresce...

   O poema cresce em cada palavra que te digo e te dou, cresce em cada gesto e em cada toque de um corpo sem dono, cresce em cada silêncio de um discurso de amor que sinto dentro de cada palavra, dentro de cada verso. Porque o poema é isso, o poema são palavras dentro de versos, sentimentos dentro de palavras, lágrimas e sorrisos dentro de sentimentos, o poema sou eu, és tu, o poema somos nós.
   Como fogo num inverno frio, água num deserto quente e abandonado o poema cresce na dor, cresce no sofrimento, cresce na raiva, cresce na descrença e cria, cria sorrisos, cria alegrias, cria paixões, cria felicidade, o poema cria o poeta, o poema cria o sentimento, o poema cria o mundo em cada novo verso, o poema cria o amor, o poema cria-se a si próprio...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Foste, és e sempre serás!

   Vejo o teu sorriso parado numa foto que me enche a alma, que me preenche o sorriso. Vejo a felicidade no teu abraço e sinto o amor do teu olhar que diariamente me faz feliz. E tudo mudou, o inverno tornou-se verão, o frio agora é calor, mas nós não mudamos, eu continuo a ser eu e tu continuas a ser tu. Tu continuas a ser a rapariga com o melhor coração do mundo, continuas a ser, como sempre foste, a dona do meu coração, continuas a ser a rainha do meu reino e a imperatriz do meu império. Foste e és a menina inteligente que por obra do acaso caiu na minha turma, foste e és a fã número um dos meus textos, foste e és a minha fonte de inspiração e de distracção. E sei que serás sempre a rapariga das perguntas difíceis e das respostas inesperadas, a rapariga que nunca tem novidades e com quem está sempre tudo bem, sei que serás sempre a perfeição divina num corpo humano. E há momentos que não esqueço e pessoas que lembrarei sempre, não esqueço os abraços (in)termináveis e os sorrisos faladores, não esqueço os textos lidos e sentidos e as discussões sem solução, e lembrarei, lembrarei sempre a rapariga do silêncio que teima em ficar, a colega de turma que usa o termo “oximoro” em vez de “paradoxo”, a colega de turma que me acompanha na matemática e que falha comigo nos arredondamentos, a rapariga dos óculos da beleza e do rosto de ouro, a rapariga do sorriso rasgado e do olhar brilhante, a paixão de uma hora de almoço num local só nosso, a rapariga teimosa que não aceita ser perfeita, lembrarei sempre a rapariga que amei, que amo e amarei sempre, lembrar-me-ei sempre de ti. E a minha rotina mudou, tu mudaste a minha rotina, agora não acordo com sono, acordo contigo, agora a minha caminhada para o inferno tem um motivo, agora o meu trabalho é recompensado com o teu sorriso e o meu empenho é reconhecido com aqueles momentos em que tudo desaparece, e o meu deitar agora é triste por não te ter e feliz por te imaginar. E recordo com um sorriso, que foste tu, a minha princesa perfeita, que fez de mim aquilo que sempre sonhei ser, feliz.