quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Saio, procuro, fujo, corro...

  
   Saio, procuro, fujo, corro… Saio de uma prisão mental em que estou constantemente algemado, procuro-te incessantemente, fujo do medo que tenho de não te ver, de não te encontrar, e corro para ti, para a minha felicidade, para o sítio de onde nunca devia sair. E só uma nova prisão mental nos separa para um sempre contável e que chegará, mas é um sempre. Mas o sempre esgotar-se-á, e voltarei a sair, a procurar, a fugir, a correr, voltarei a ser feliz…
   Obrigado Cristiana por manteres o meu coração constantemente ligado à felicidade!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Só nosso!

  
   Amor escreve-se com quatro pequenas e sentidas letras, mas lê-se com um coração inteiro, com uma vida inteira, com algo mais que quatro pequenas e sentidas letras, porque transmite mais que uma energia mencionada por todas as letras do alfabeto, é a energia de dois seres unidos por algo incompreensivelmente indescritível, algo que se sente e se mostra no coração…
   Amar-te é correr contra algo que me sufoca e me destrói, mas que nunca é ou será mais rápido que eu, porque corro para o meu coração, par o teu coração, para o nosso coração, à velocidade a que eles, ele corre para mim à velocidade que o meu pensamento permite e suporta, à minha inatingível velocidade…
   Amo-te como um rei ama uma rainha, como um príncipe ama uma princesa, como um nobre ama uma dama, como um camponês ama uma camponesa; amo-te por natureza, como se amar-te nascesse comigo, como se fizesse parte do meu sangue, como se eu fosse amor…
   E podem mudar a maneira de o escrever, podem acelera-lo, podem torna-lo materialmente conhecido e famoso, mas o amor, o nosso amor, será sempre só nosso!

sábado, 25 de setembro de 2010

O seu mundo...

   Debaixo duma chuva exageradamente fria, um menino passeia, saboreia o inexistente e gélido calor da noite, e sonha. Não sonha com a sua vida, não sonha com a sua cara-metade, não sonha com a sua família nem com os seus amigos, sonha com um mundo, um mundo como o que vive, um mundo ganancioso, egoísta, manchado de sangue e de lágrimas, e o menino, no sonho, muda esse mundo, torna-o novo, jovem, generoso e limpo, torna-o no seu mundo…

   Aquele menino cresce, torna-se jovem menino, generoso e limpo, mas o mundo em que vive, continua o mesmo, continua o mesmo mundo ganancioso, egoísta, manchado de sangue e de lágrimas, e o menino, agora jovem, debaixo de uma tempestade furiosa, torna a sonhar, e torna a mudar o mundo, o seu mundo, a torna-lo novo, jovem, generoso e limpo, torna a torna-lo no seu mundo…

   Do menino crescido, aparece um homem, novo, egoísta mas limpo, que debaixo de uma amena manhã de Maio, admira o seu mundo, o seu mundo ainda ganancioso, egoísta, manchado de sangue e de lágrimas, e esquecendo tudo o que possui, tudo o que conquistou, sonha, sonha como quando era um menino, sonha com o seu mundo, e muda-o, transforma-o num mundo novo, jovem, generoso e limpo, transforma-o no seu mundo…

   O menino tornou-se velho, tornou-se ganancioso, egoísta, sujo de sangue e de lágrimas, e numa calorosa tarde de verão, chora o mundo que tem, e volta a sonhar, volta a sonhar com o seu mundo ganancioso, egoísta, sujo de sangue e de lágrimas, e sonhando, transforma esse seu mundo, num mundo novo, jovem, generoso e limpo, transforma-o num mundo à imagem do menino…

   O menino velho morre, e como herança deixa apenas um mundo velho, ganancioso, egoísta, sujo de sangue e de lágrimas, e um texto, um texto de um menino debaixo de uma chuva exageradamente fria, que sonhava…

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sinto-te, Amo-te...


   Os meus olhos traem-me, obrigam-me a fazer aquilo que não quero fazer, obrigam-me a sentir aquilo que não quero sentir, obrigam-me a olhar-te, obrigam-me a Sentir-te, obrigam-me a Amar-te…

   Os meus braços desobedecem-me, agem por si sós, levam-me a fazer aquilo que não quero fazer, levam-me a sentir aquilo que não quero sentir, levam-me a amarrar-te, levam-me a Sentir-te, levam-me a Amar-te…

   As minhas pernas comandam-me, governam-me, mandam-me fazer aquilo que não quero fazer, mandam-me sentir aquilo que não quero sentir, mandam-me seguir-te, mandam-me Sentir-te, mandam-me Amar-te…

   O meu cérebro castiga-me, faz-me fazer aquilo que não quero fazer, faz-me sentir aquilo que não quero sentir, faz-me pensar em ti, faz-me Sentir-te, faz-me Amar-te…

   O meu coração mata-me, sente aquilo que não quero sentir, faz aquilo que não quero fazer, SENTE-TE, AMA-TE…

O meu amigo...

  

   Acordo e acordo também o meu amigo, sem uma única palavra dizemos tudo o que temos a dizer: “Bom dia!”, aquele simples silêncio carregado de histórias, carregado de passado, transmite tudo o que somos: um eterno silêncio de felicidade…

   Chego, grito palavras aos meus amigos, cumprimento-os efusivamente, mas o meu amigo, cumprimento-o apenas com um sorriso, um sorriso carregado de significado, carregado de cumplicidade que ilustra tudo o que significamos: um sorriso de paixão, de alegria…

   Despeço-me, “choro” despedidas aos meus amigos e companheiros, volto a cumprimenta-los antes de ir embora, porém, o meu amigo, cumprimento-o apenas com uma lágrima, uma lágrima que tramite tudo o que sentimos nesse momento, que mostra tudo o que somos: uma imensa lágrima que ora nos separa, ora nos une, mas que nos mantém unidos para sempre…

   Adormeço e sonho, um sonho confuso, onde apenas consigo visualizar quatro elementos: o silêncio, o sorriso, a lágrima, o meu amigo…


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

UM AMOR, este amor...

   Meras palavras soltas, meras frases descritivas, meros parágrafos cheios, nada podem para mostrar o valor de uma alma, o amor de um coração, a inteligência de uma mente, nada podem contra ti, contra a tua alma, contra o teu coração, contra a tua mente; não é justo ter de faze-lo, não é justo ter de tentar descrever aquilo que ninguém conseguiu descrever, não é justo ter de tentar transcrever aquilo que só um coração percebe, que só uma alma entende, que só uma mente atinge, UM AMOR, este amor…

   Simples folhas de papel preenchidas, simples capítulos enumerados, um livro, uma vã tentativa de ilustrar aquilo que ninguém conseguiu ilustrar, de transmitir aquilo que ninguém ousou tentar transmitir, aquilo que só um coração percebe, que só uma alma entende, que só uma mente atinge, UM AMOR, este amor…

   Rápidas palavras carinhosas, fortes demonstrações de sentimentos, complexas vidas cruzadas, grande e inútil tentativa de viver aquilo que nunca ninguém viveu, de sentir aquilo que nunca ninguém sentiu, aquilo que só um coração percebe, que só uma alma entende, que só uma mente atinge, UM AMOR, este amor…

domingo, 19 de setembro de 2010

Ouvi dizer!

   Ouvi dizer que tudo o que criei foi apagado.

   Ouvi dizer que tudo o que contruí foi destruido.

   Ouvi dizer que tudo o que imaginei foi ignorado.

   Ouvi dizer que tudo o que sonhei foi negado.

   Ouvi dizer que tudo o que tinha me foi retirado.

   Ouvi dizer que tudo o que possuia foi roubado.
  
   No fim de tudo isto, sorri, tudo era mentira, TU ESTAVAS VIVA...

sábado, 18 de setembro de 2010

Silêncio!

Acordo, tudo me parece irreal, o silêncio reina em todos os cantos do meu quarto, a minha respiração é demasiado gasta, demasiado humana para quebrar esse silêncio, o silêncio que enche o ar, que enche os móveis, que enche tudo, que me enche a mim.



Adormeço e sonho, tudo o que vejo é real demasiado real para ser um sonho, demasiado real para ser real; estou sozinho no meio da multidão o ruído da cidade apenas incomoda o meu corpo, fá-lo mover-se apressadamente, como que a fugir de algo, algo invisível, algo como o silêncio.



Volto a acordar, agora é a pressa que me domina, a pressa de encontrar algo que nunca procurei, alguém que nunca conheci, algo ou alguém que me acalme este pânico, que me cure esta dor, que retire este silêncio do coração.



Corro, corro contra o vento, contra a chuva, contra o calor, contra mim, corro acima de tudo contra o silêncio, e perco, perco contra o vento, contra a chuva, contra o calor, contra mim, perco acima de tudo contra o silêncio; e caio desfeito, derrotado, humilhado, feliz…



Caminho, caminho calmamente. Não estou sozinho, o vento, a chuva, o calor, o silêncio acompanham-me; o pânico, a dor, o silêncio acompanham-me; a multidão, o silêncio acompanham-me; silêncio acompanha-me. Continuo desfeito, derrotado, humilhado, feliz, continuo à procura de algo ou alguém, continuo a sonhar, o silêncio continua a reinar.


Obrigado Deus, por este silêncio!


sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Só tu me podes dar!

      Como as Sombras transformam a Luz,como a Morte modifica a Vida, como o Frio muda o Calor, Tu transformaste-me, modificaste-me, mudaste-me; Como as Sombras tornam a Luz escura, como a Morte torna a Vida em nada, como o Frio torna o Calor gelado, Tu tornaste-me feliz, pura e simplesmente feliz; E quando um dia, no fim dos tempos, as Sombras deixarem de tornar a Luz escura, a Morte deixar de tornar a Vida em nada, o Frio deixar de tornar o Calor gelado, Tu continuarás a tornar-me feliz! Porque as Sombras podem escurecer, a Morte pode morrer, o Frio pode gelar, sem que Tu mudes, sem que Tu te transformes, sem que Ttu te modifiques...
   E o Mar pode deixar de ser azul, o Céu pode tornar-se negro, as Flores podem ficar transparentes, mas eu não deixarei de ser feliz se Tu estiveres aí, aqui, ali, em todo o sítio onde eu estiver, enquanto fores presença no meu coração...
   Mas sem Ti, o Mar poderá continuar azul, o Céu não terá que se tornar negro, as Flores podem não mudar, mas eu não serei o mesmo, não poderei ser feliz, não poderei viver, serei um corpo vazio sem alma, sem vida, sem felicidade.
   Por isso aproveito tudo o que Tu me dás, que nem as Sombras, a Luz, a Morte, a Vida, o Frio, o Calor, o Mar, o Céu, as Flores me podem dar: um corpo cheio, com alma, com vida com felicidade, porque tu és tudo o que eu preciso, tu és a Luz, a Vida, o Calor, o Mar, o Céu, as Flores, és tudo dentro do meu coração...

"Contigo a frase «ninguém é perfeito», tornou-se imcompreensível" Rui Mesquita

sábado, 4 de setembro de 2010

O meu anjo!

    Os anjos não servem apenas para proteger, para alertar, para acompanhar; Os anjos não são apenas seres enviados por Deus, não são apenas mensageiros, não são apenas criados; O meu anjo faz-me sentir vivo, necessário, faz-me sentir; O meu anjo é uma amiga, enviada por algo desconhecido, é uma força oferecida pela Natureza, a quem a quiser recolher. E eu quis, e quero e admito que para sempre quererei.
   E, se nada disto se agradece, o que posso eu fazer? Deus, a Natureza, ou alguém que me diga, porque tudo o que o meu anjo me tem oferecido, merece, têm, precisa de ser recompensado.
   Mas tudo isto já passou de um pura relação entre anjos, é uma relação de amigos, verdadeiros amigos que quero realmente que dure até à eternidade.

   "Amigos são anjos que nos põem de pé quando as nossas asas não se lembram como se voa" Cartecia

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Um stôr, irmão, amigo!

   Um dia apareceu, como sendo "o professor substituto", mas depressa se transformou num inesquecível professor de Português (o "Moon Walk" ajudou), que nos conquistou para além das mentes, os corações, que nos fez sentir que um professor pode ser mais que isso, pode ser um amigo, um irmão...
   O que o tornaram inesquecível, não foram as suas aptidões para ensinar Camões ou Gil Vicente, foi a sua forma de ver os alunos, de ver a vida, que transpôs para os seus "discípulos", ou pelo menos para um discípulo, eu, que só tenho a agradecer as dicas (voluntárias e involuntárias) sobre tudo o que um adolscente pede e precisa... Obrigado...
  
   "Um dia digo bem dos meus professores" Frases Nicola (Esse dia chegou)

Tão longe mas ao mesmo tempo perto

   Distância, o eterno inimigo das relações, forte mas não invencível, nós provamos isso, vencemos! Tudo graças a um aliado precioso, a Amizade; sem ela nada disto seria possível, mas também nada disto faria sentido, pois embora longe, trabalhamos para o mesmo fim, trabalhamos ambos para a Amizade, a nossa Amizade...
   E eu continuo a trabalhar para este fim, e porquê? Pelo teu bom e enorme coração que me alegra dia após dia, que me faz sorrir quando tudo parece perdido, que me faz erguer a cabeça e dizer: "Vamos lá"...
   Eu sincero e sentido OBRIGADO por todos estes meses, anos, de algria, de sorrisos e de Amizade...

   "Uma amizade nobre é uma obra de arte a dois." Paul Bouget