segunda-feira, 17 de março de 2014

Cara escuridão...

  5:28. A escuridão do meu quarto ilumina cada neurónio do meu cérebro e não me deixa dormir, engole-me com perguntas sem resposta e com dúvidas sem solução. Agora a escuridão questiona-me, em mais uma vaga de impedimentos para descansar, “como é que sabes que é amor aquilo que sentes, aquilo que tens, aquilo que vives?”. Respondo com toda a calma e serenidade que aquele tema me dá: “Distinguir o amor é mais fácil do que o que julgas, cara escuridão, é só fechares os olhos e pensares nela, pensares no seu sorriso estonteante e no seu olhar complexo e, ao mesmo tempo, tão fácil de perceber. É só imaginares, por um segundo que seja, a tua vida sem ela, imaginares os teus fins-de-semana passados sem o amor dela nos teus braços, sem a felicidade dela a percorrer o teu corpo. Distinguir o amor é somente pensares em tudo o que passaste com ela, em tudo o que viveste, tudo o que riste e o que choraste, é somente pensares em cada pequeno pormenor que te liga a ela e a liga a ti.”. Depois desta tão simples explicação, a escuridão, com as lágrimas mal contidas no seu fundo negro, acenou-me com um sorriso sincero e deixou-me, de boa vontade, dormir e sonhar com a calma e serenidade de quem está verdadeiramente apaixonado.