5:28. A escuridão do
meu quarto ilumina cada neurónio do meu cérebro e não me deixa dormir,
engole-me com perguntas sem resposta e com dúvidas sem solução. Agora a
escuridão questiona-me, em mais uma vaga de impedimentos para descansar, “como
é que sabes que é amor aquilo que sentes, aquilo que tens, aquilo que vives?”.
Respondo com toda a calma e serenidade que aquele tema me dá: “Distinguir o
amor é mais fácil do que o que julgas, cara escuridão, é só fechares os olhos e
pensares nela, pensares no seu sorriso estonteante e no seu olhar complexo e,
ao mesmo tempo, tão fácil de perceber. É só imaginares, por um segundo que
seja, a tua vida sem ela, imaginares os teus fins-de-semana passados sem o amor
dela nos teus braços, sem a felicidade dela a percorrer o teu corpo. Distinguir
o amor é somente pensares em tudo o que passaste com ela, em tudo o que
viveste, tudo o que riste e o que choraste, é somente pensares em cada pequeno
pormenor que te liga a ela e a liga a ti.”. Depois desta tão simples
explicação, a escuridão, com as lágrimas mal contidas no seu fundo negro,
acenou-me com um sorriso sincero e deixou-me, de boa vontade, dormir e sonhar
com a calma e serenidade de quem está verdadeiramente apaixonado.
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