quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Para sempre Ju!


   No meio da escuridão, foi aí que te encontrei, foi nesse momento de medo e de incerteza, de lágrimas e de choro que te encontrei, uma pequena luz branca e cintilante ao fundo de um túnel outrora infinito, e essa pequena luz, essa grande pessoa, tu, tornou-se, num espaço de segundos, de dias, de anos, a salvação para aquela escuridão eterna. Porque tudo o que me deste, todas as alegrias e todos os momentos felizes que me deste pela distância de dois teclados, de dois ecrãs, de duas almas, de dois corações, porque contigo reaprendi a andar, reaprendi a ver, reaprendi a escrever e a sentir, contigo reaprendi a amar tudo o que tinha perdido, tudo o que saiu de mim para voltar contigo, em ti, de ti, porque preciso das conversas pelas avançadas tecnologias humanas, preciso dos sorrisos partilhados pela frieza de um computador, pelo silêncio de uma aula, pela imensidão de um pavilhão corrido do avesso, porque preciso de ti, do teu ser, do teu sorriso, do teu olhar, da tua alma, do teu mundo, do teu amor, porque preciso de ti, preciso de nós. Mas estou sem ti neste quarto fechado eternamente à espera que o teu nome apareça subitamente no ecrã que liberta música que ninguém ouve, porque tu não estás aqui, não estás comigo, não te tenho, não te sinto, não te leio. E o sol hoje não brilha sobre a noite escura deste quarto fechado, porque tu não estás aqui, porque não te tenho, não te sinto, não te leio. E então o mundo muda, o quarto ilumina-se pela luz do teu nome, enche-se com a beleza da tua foto, acalma-se com o som mudo das tuas palavras, aquece-se com o amor que sinto, e nesse momento eu não sou eu, eu sou uns meros olhos que te vêm e lêem, sou uns simples ouvidos que te ouvem no silêncio, sou um grande coração que te sente, que te ama…
   Para sempre Ju!

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