quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

* Com ela eu vejo o mundo, ouço a saudade, cheiro a dor, toco na distância, com ela eu sinto o amor

   A noite está agradavelmente amena, não há barulhos no escuro do céu, o mesmo escuro do céu que me permite ver claramente a luz do seu coração, que me permite ouvir a presença silenciosa da sua bondade, que me permite cheirar o castanho dos seus longos e belos cabelos, que me permite tocar o verde profundo e tranquilo dos seus olhos, o mesmo escuro do céu que me permite sentir o tamanho e a forma do seu sonho. E por sentir esse sonho, deito-me e transformo-me num sonhador, num sonhador que faz mais que sonhar, que vê, que ouve, que cheira, que toca, um sonhador que sente, e até num qualquer sonho, o seu coração abre-me os olhos, a sua bondade enche-me os ouvidos, os seus cabelos premeiam o meu nariz, os seus olhos deliciam o meu toque, até num sonho, qualquer tamanho so seu sonho é amado pelo meu coração. E no mundo do escuro céu, o seu coração é a grandiosidade do mundo, a sua bondade é recordada com a saudade de uma vida, os seus cabelos tranportam a dor de não a ter, os seus olhos sofrem a distância dos nossos corpos, o seu sonho é amor, é o meu amor. E assim * . E assim eu sou completo, assim eu sou unicamente feliz.

1 comentário:

  1. «[...]o mesmo escuro do céu que me permite sentir o tamanho e a forma do seu sonho»

    Que bonito, Rui! :)

    Nunca gostei muito de usar a palavra "sonho" nas coisas que escrevia no passado. Soava-me sempre a lamechice, a um motivo reciclado presente num texto de natureza mais emotiva. No entanto aqui, no teu texto, fica e soa-me bem.

    Talvez por ser um texto sincero e inocente.

    Continua assim, mano! :)

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