sábado, 13 de agosto de 2011

(sem título) 2


As lágrimas do céu que presenciaram aquele imortal inverno onde o amor floresceu como um pequeno girassol que procura, tal como eu, naturalmente o teu sorriso, essas mesmas lágrimas choram as saudades deste verão que nunca acaba e que nos deixa, incompreensivelmente, mais juntos e apaixonados como naquele primeiro beijo que não deve ser lembrado, como naquele embaraçoso momento em que quase te pedi em namoro. E, hoje, estando tão perto do teu coração sinto o palpitar da tua perfeição que, na sua inexistência, permanece como se a nós nos pertencesse e, incansável, vive numa conversa sem fim, num sorriso rasgado, num amor inesquecível. Agora, o céu não chora mais, porque os beijos são lembrados como forma de apaziguar a saudade e o pedido ficou gravado como início de uma felicidade que vivemos e partilhamos para que, um dia quando todo o mundo à nossa volta mudar poder sentir o mesmo amor e o mesmo orgulho que sinto hoje por te ter nos braços enquanto sonho e por desejar a cada segundo ter um carro vermelho para te levar comigo para um destino incerto mas certamente feliz ao dar-te aquilo que precisamos para, durante um momento, não sentirmos a distância que nos separa o olhar. Mas, essa mesma distância, fortalece o nosso coração, pois dá-nos a certeza de que a espera é compensada por um reencontro tão apaixonante que o mundo parará para ver o teu sorriso cruzar-se com o meu e os teus lábios tocarem os meus num momento que ninguém poderá apagar, que o mundo não tem ousadia para compreender, uma vez que, esse simples gesto, é carregado de um sentimento que não se explica, de palavras que não se pronunciam, de pensamentos que não se mostram, de um amor que apenas se vive, que apenas nós vivemos. Amo-te. Amo-te.

Rui Mesquita e Juliana Silva

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