sábado, 5 de fevereiro de 2011

Rabiscos imperfeitos...


   A crueldade espalha-se por um rosto magoado de imperfeições mundiais e Humanas que quebram qualquer corrente de felicidade filosoficamente criada por uma mente que virou rio, um rio de lágrimas de tristeza pura e abandonada pelo coração solar que animava e iluminava todas as manhãs naquele bonito e alegre corpo que perdeu o Norte e o Este, que esqueceu o sentido de uma vida inteira de amor e felicidade, que se tornou num deserto escaldante mas escuro onde apenas existe dor e sofrimento em cada grão de areia existente, em cada parte de calor que me mata lenta e silenciosamente, onde aliás o silêncio é apenas interrompido pela constante corrente de lágrimas que me faz andar e andar, que me faz continuar à procura daquilo que já é um “mundo perdido”, um mundo perfeito e meu, perdido… E não quero pena, não quero compaixão, não quero a ajuda que não me podem dar, não quero o silêncio que me oferecem impacientemente, não quero o calor que me dão sem pedir, não quero este mundo fraco e cruel e real…

   Quero o “mundo perdido”, o mundo perfeito meu, perdido…

   Quero-te a ti, meu mundo…

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