quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Do fogo...


   Correr de um fogo ardente que me persegue por todos os caminhos que escolho, do fogo da derrota ardente que me atinge com a força de um duelo e a fúria de um adversário, do fogo da mente morta que agora tenho no frio lugar do coração retirado, do fogo que em cada momento me lembra que viver é a única oportunidade que temos para fazermos a diferença, é a primeira e última experiência de amor e ódio que o mundo nos dá, lembra que viver é o pouco tempo que temos para ser tudo o que queremos e temos de ser, é o pouco tempo que temos para sermos amigo e inimigo, apoiante e rival, bom e mau, certo e errado, correto e rebelde, fiel e mentiroso, é o pouco tempo que temos para sermos perfeitos. E continuo a corrida do fogo que tenho dentro de mim, do fogo que me mata e consome reconstruindo-me com a beleza das chamas, com a imensidão do próprio fogo, com a eternidade desta fugaz perseguição, com a tua suave e bela perfeição. Do fogo que me faz como sou, que me faz amar-te com tudo o que tenho, que me faz querer-te em cada segundo desta cruel, pequena e tua vida…

   "És mais que a luz deste caminho, és o caminho
para esta luz" Rui Mesquita

1 comentário:

  1. «O amor é fogo que arde sem se ver»...

    Aqui arde e vê-se bem.

    Mais uma vez, um texto que demonstra que estás no bom caminho.

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