quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Declive de um vetor...

   Aqui e para mim, o referencial cartesiano tem apenas duas direções, a direção para o teu infinito vertical e o X eterno de amor que sinto neste coração pertencente a lR e onde somos duas retas coincidentes…

   Um amor eterno chamei-lhe eu numa intervenção oportunamente ingénua, duas vidas coincidentes chamas-lhe tu, uma paixão possível e indeterminada com infinitos momentos em comum… É o que nós somos, seres com o mesmo declive, com a mesma inclinação nulamente alterada de sermos afins, seres com o mesmo nulo na origem por sermos lineares e mostrarmos ao mundo que ninguém precisa de um “b” para ser feliz, que o “y”, o “m” e o “x” fazem de nós eternos seres ligados pela colinearidade dos nossos vetores diretores vitais, que nos dão e darão a direção a seguir eternamente, ligados por dois pontos comuns pelos quais passa apenas uma vida, apenas uma reta, a nossa vida, a nossa reta…

   E nem mesmo os percalços dos declives diferentes nos intimidam, nem mesmo os "amores" momentâneos e fugazes nos mudam a direção que é só nossa, só minha, só tua… Nem mesmo a concorrência de retas com um declive diferente nos retiram desta rota definida por uma simples equação que resume a nossa vida ao nosso amor, e o nosso amor a letras e números: “y=2x” que é explicada à luz do amor representado pelo “y” ordenado, e pelo “x” que é cada um corpo nosso, o meu, o teu…

   E hoje esqueci todos os nossos erros com essas retas que passavam por nós e nos tocavam mas deixavam imediatamente o nosso imenso e infinito coração à mercê de um vetor diretor que nos transforma num ponto onde nos encontraremos sempre por sermos eternos um com o outro… Hoje esqueci o declive do nosso vetor e esqueci 0,1 que perdi por ser, momentaneamente, concorrente e determinado com um vetor que não conheço por não seres tu, por não sermos nós… E hoje concentro todas as minhas ordenadas e abcissas naquele ponto genérico que nos representa, que somos e seremos eternamente um no outro…

   "Quem disse que o amor não pode ser vivido num plano bidimensional? " Rui Mesquita

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