segunda-feira, 10 de junho de 2013

"Bom dia meu amorzinho!"



Hoje acordei maldisposto, o som do despertador trouxe todas as preocupações do mundo fora dos meus sonhos para baixo do quente dos lençóis e trouxe de volta a dor de cabeça de ontem. Ao pequeno-almoço, com o leite quente a boiar em cereais, penso em toda a dor que sofre quem perde alguém demasiado importante para ser perdido, penso no (nada) que a minha vida se tornou, penso demasiado, penso… Vagueio pela casa de pijama e de lágrimas nos olhos, sem saber o que fazer, o que vestir, o que procurar. (A vida é tão escura quando perdemos tudo). O passeio termina no meu quarto, refúgio dos meus medos e das minhas solidões, sento-me à secretária, fecho os olhos e mergulho na tristeza que domina o meu mundo. Sou interrompido pelo vibrar do meu telemóvel e abro a mensagem que descubro ser tua: “Bom dia meu amorzinho! Acordei, como sempre, a pensar em ti, a imaginar como seria ouvir baixinho, bem junto ao meu ouvido, um «bom dia princesa», seguido de um beijo. Não te tendo, imagino ao longe o teu olhar com sono, o teu cabelo desarranjado e o teu sorriso de quem acordou bem-disposto e cheio de energia. Fecho novamente os olhos e sonho, sonho com os dias em que vais acordar junto a mim e sei que terei isso porque te amo, porque és o homem da minha vida!”. Depois de secar duas lágrimas, rendo-me à boa disposição com que me imaginaste e sorrio para o ecrã do meu Sony Ericsson como achei impossível sorrir. De repente, tudo o que atormenta o meu entristecido coração abandona a minha alma para me deixar, contigo tão longe, abraçado a ti, amarrado ao que me dás. Penso no futuro, num futuro com todos os problemas com que acordei e sorrio, sorrio muito porque sei que, contigo, tudo correrá bem, tudo ficará melhor.