quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Uma questão de tempo...

   Ele era menino, e isso faz com que eles o vejam com outros olhos, com outros óculos ou com outras lentes, interpretam o adulto novo como uma simples e sincera criança, uma criança que não vê, que não chora, que não luta, que não sente, uma criança que não vive. Mas um dia souberam que estavam enganados, um dia descobriram que os seus olhos, os seus óculos ou as suas lentes estavam erradas, um dia descobriram que da criança simples e sincera, da criança que não via, não chorava, não lutava, não sentia, da criança que não vivia, apenas sobravam os verbos, apenas ficou a forma de um nome mudado e crescido, de um nome “adulto”, e esse simples e sincero adulto, esse adulto que não vê, que não chora, que não luta, que não sente, esse adulto que não vive, pensa, aprendeu a pensar, e pensou que se podia pensar, existia, vivia, e se pensava e existia, se tenha cérebro também tinha coração e portanto sentia, o coração mostrou-lhe os braços e a alma, e com braços e com alma ele podia lutar, ele lutava, e com as lutas vieram as perdas e com as perdas vieram as lágrimas e o adulto chorava, e durante o choro viu a sua vida, os seus olhos novos cheios de lágrimas viram um mundo seu onde ele era um simples e sincero adulto, que via, que chorava, que lutava, que sentia, onde ele era um adulto que vivia.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Amo-te, amo-vos, amo este dia...

   “A perfeição não existe” ou “A perfeição é algo inalcançável”, passei toda a minha vida a ouvir frases como estas, e agora percebo que são falsas, puramente falsas, tu existes, vocês existem, este dia existe. E um simples e mero obrigado não transmite todo o amor que sinto por ti, por vocês, por este dia, amo-vos com a força de um jogo e de um lanche, amo-vos com a delicadeza de um abraço, de um beijo, amo-vos com a insensibilidade de um remate e com a beleza de uma bola de Berlim, amo-vos com a frescura de uma Coca-Cola, com a fama de uma bola de futebol, amo-vos com a necessidade de um banho quente, com a magia de uma finta, amo-vos com a espectacularidade de uma defesa, com o peso de uma fotografia. Amo-vos com este coração que sente, que sofre, que fraqueja, que ama, que vive. E amo-te a ti com tudo o que Deus criou e o homem inventou, amo-te com fotos, com palavras, com futebol, com bebidas, com chupas, com abraços, com beijos, amo-te com amor, com este amor, com o nosso amor…

   Um sincero obrigado a ti, a vocês, a este dia…

   Amo-te, amo-vos, amo este dia…

domingo, 19 de dezembro de 2010

Quando...

   Quando o mundo estiver mudado, quando a cidade deixar de estar permanentemente iluminada pelas luzes humanas, quando o meu quarto deixar de ser o meu mundo, quando tudo o que eu fizer for simplesmente amor, quando tudo o que sentir for apenas puro e sincero, quando esse dia chegar vou gostar de ti e orgulhar-me de te ter, porque o mundo pode mudar, a cidade pode ficar escura, o meu quarto pode deixar de ser meu, eu posso mudar, mas nós não mudaremos, nunca deixaremos de ser tudo o que sempre fomos, tudo o que precisamos e queremos ser, porque quando o mundo mudar irei continuar a amar-te com a mesma sinceridade, com o mesmo coração, com o mesmo amor…

   O amor nunca deixará de ser amor, porque quando o mundo mudar, a cidade escurecer, o meu quarto deixar de sê-lo, eu deixar de ser eu, continuarei a amar-te com o mesmo amor, mantê-lo-ei eternamente vivo em mim, em ti, em nós…

   Quando tudo o que sentires for noite e tiveres medo, pensa que aqui, deste lado do eternamente velho mundo, há alguém a amar-te…

sábado, 18 de dezembro de 2010

Um dia...

   Um dia que o mundo não me obrigue a sofrer, um dia em que ninguém faça de mim um homem terrenamente mau e imoral, conversarei contigo, contar-te-ei aquilo que não sabes sobre mim, olhar-te-ei nos olhos e contar-te-ei nomes e actos. Mas enquanto esse dia não chega escrevo, para ti, por pedido, por gosto, por um amor inexistentemente frio, por esta amizade nova e irreal. Escrevo pelos elogios que fizeste, pela alegria partilhada on-line, pelos sinceros sorrisos que criamos, escrevo por ti, por mim, por nós, por todos os que tal como nós não nos compreendem e nos desconhecem, por tudo isso escrevo linhas e linhas neste teclado frio, escrevo por um futuro que ainda desconhecemos mas que queremos criar… Um dia conto-te como e porque escrevo, e então perceberás quem sou…

Volta!

   Hoje choro, choro por não te ter, por te ter perdido, por saber e lembrar que tudo o que tínhamos acabou, por saber que me esqueceste e que agora para ti não passo de nada.  Estou triste e só num mundo que me abandonou ao matar a nossa enorme amizade, estou mal, estou morta porque me mataram ao separar-te de mim, morri quando desapareci do teu coração, porque vivia desse coração, vivia de ti…
   Agora quero felicidade, quero sorrir, quero que me lembres como antes lembravas, quero sentir-te no nosso coração, quero a nossa amizade para sempre perfeita, quero-te a ti… Por favor, vamos começar de novo, ser felizes novamente, porque eu preciso de ti, preciso de nós…
   Porque ainda continuo a amar-te como te amava, a querer-te como queria, a ser a pessoa que sempre precisa de ti… Por favor, volta e deixa-me voltar para o teu coração…

Obrigado...

   Hoje acordei com o frio do dia espalhado pelos raios de sol que entram no meu quarto, e os grossos cobertores aquecem a pele gélida de um corpo animado e contente, a pele gélida de uma mente preenchida por eles, criada por eles, a pele de um coração feliz por eles, tornado feliz por eles, o amor que me deram num Natal antecipado e escolar foi maior do que qualquer invenção da Coca-Cola conseguiria fazer, a felicidade transmitida por dois amigos que são mais que isso, são amor e carinho, são amizade e felicidade, são aquilo que me dão, aquilo que sem pedir em troca me oferecem. Estou grato, agradecido a essas pessoas que me fizeram feliz com cultura, com leitura e música, com aquelas pessoas que não se esqueceram de mim nem do que eu gosto.
   Obrigado Diogo e Gabriela…  

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Preciso de ti...

   Não consigo mais, este mundo triste morreu, o sol não brilha no céu cinzento do meu coração e o negro da minha alma apoderou-se do meu corpo luminoso e quente, tornou-o gelidamente escuro à sua imagem e transformou aquela luz e aquele calor em mais frio e mais escuridão, mas preciso do sol, preciso do seu calor e da sua luz, preciso do teu sol chamado amor, preciso da luz do teu abraço, preciso do calor das tuas palavras, preciso do que sempre precisei, preciso de ti. E chamo-te para mim...
   Hoje o sol brilha e o seu calor e sua luz inundam o meu corpo fragilmente fortalecido pelo agosto quente e seco, mas o negro da minha alma continua no céu cinzento do meu coração, continua a comandar o meu corpo gelidamente escuro e aquecido por este sol de agosto, e porque continuo neste calor da pele a precisar do teu sol chamado amor, da luz do teu abraço, do calor das tuas palavras, preciso do que sempre precisei, preciso de ti... Por tudo isto chamo-te para mim, como se ao chamar te amasse mais, como se ao chamar-te apagasse o fogo frio do meu coração e amasse como mereces...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O Porto, o rio... Amo-vos 9.4

   Porque hoje adoro o Porto, adoro o rio. Hoje amo-vos.
  
   E ontem amava o Porto, adorava, em sonhos, o rio. Ontem amava-vos.
  
   E sempre adorei o Porto, sempre adorei o rio, graças a hoje. Sempre vos amei.
  
   E mesmo antes de conhecer o Porto, antes de ver o rio, já os amava pelo que aconteceu hoje, já vos amava por hoje, por ontem, por sempre, já vos amava pela felicidade que sempre me deram em troca de nada.
  
   “Naquele barco maldito jazem os restos de um dia genial”, porque naquele barco, naquele dia, naquela viagem, eu adorei o Porto, adorei o rio, eu amei-vos como sempre amei, amei-vos com o toque especial de um coração com um batimento constante e contrário ao som das ondas, porque naquele maldito barco o meu coração parou só para vos amar, para vos sentir, para vos olhar e ouvir.
  
   Amar-vos é aquilo a que alguns chamam objetivo de vida e outros chamam forma de viver, eu acho que é simplesmente amar, porque não há outra palavra que descreva aquilo que senti naquele dia, naquele barco, naquela cidade, naquele rio, é simplesmente AMOR…
  

"Dentro dos meus olhos" (outro T.P.C que deu em tópico)

   Ali está ele, o meu fiel inimigo espelho reflecte o rapaz alto e magro que sabe sorrir, reflecte o cabelo despenteado de uma acordar, reflecte o tom moreno e sorridente de uma pele jovem e feliz, reflecte os olhos escuros e o sorriso permanente. Mas o meu espelho não transmite tudo o que esse rapaz alto e magro, despenteado, moreno e sorridente é, não reflecte a sua mente, a sua alma, não reflecte o seu coração, os seus sonhos. Então o meu espelho não reflecte nada, não reflecte a beleza e o brilhantismo da sua mente, a profundidade e a crença da sua alma, o tamanho e a paixão do seu coração, a audácia e a imensidão dos seus sonhos. Porque para além de alto e magro, despenteado, moreno e sorridente, esse rapaz é belo e brilhante, profundo e crente, grande e apaixonado, audaz e imenso, esse rapaz é o eterno amigo presente, o humorista de sempre, para além de tudo isso, esse rapaz é amizade, é carinho, é respeito, é ambição, é conhecimento, é amor, para além de tudo isso, esse rapaz chama-se Rui Mesquita, esse rapaz sou eu, e para além de tudo isto, esse rapaz é feliz, e este é ele, sou eu, dentro dos meus olhos.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Sorriso; amo-te; beleza; ela; olhar...

   Naquele dia sentia-me morto, morto pelo cansaço, pela dor da solidão, pelo peso do meu silêncio, nesse dia em que ela voltou, sentia-me morto. E ela apareceu, e foi aí, nesse momento que ressuscitei, que voltei a viver no mundo alegre da felicidade, que regressei ao meu corpo jovem e cansado. E ela disse "amo-te", ela disse-me "fica comigo", ela disse "amo-te", e nesse momento voltei a morrer e a reviver, voltei a sentir a felicidade de ressuscitar, nesse momento que guardo no meu ser, não sabendo o que dizer, reparei no seu belo sorriso, no seu intenso olhar. E usando essa sua beleza, essa sua intensidade, criei igualmente um sorriso, criei igualmente um olhar, para que no silêncio da minha boca, ela sentisse o amor do meu coração...

Poesia a dobrar!!! (mais uma parceria de escrita)

   Sinto falta dos momentos em que não sabia o que era sofrer, saudades daqueles abraços que me só "tu" sabes dar, saudades de me sentir a pessoa mais feliz do MUNDO, só pelo simples facto de o ter.....

   Tua vez

 
   E eu sinto falta dos dias passados sem lágrimas, dos momentos risonhos que vivia, dos teus sorrisos eternamente belos que me faziam ser feliz durante vidas e vidas... Sinto saudades daquele Inverno chuvoso e frio em que aquecias o meu gélido coração com um olhar, com um toque, com uma palavra... Sinto saudades, sinto falta do teu olhar, do teu toque, da tua palavra, do teu sorriso, do teu coração...

   Tua vez
 
 
   Estou farta que se aproximem de mim por mero interesse, farta de me sentir abandonada por aqueles que mais amo, farta de tudo... tenho saudades daquele sorriso, aquele olhar unico que dava esperança para tudo, era com ele que enfrentava os meus problemas... Eras tu o meu porto de abrigo... Agora não sou nada....

   Tua vez
 
 
   E eu estou farto do mundo que me faz cair e me faz sofrer, que me faz chorar e me faz implorar, implorar por mais um momento contigo, por mais um segundo a olhar o teu sorriso, a sentir o teu olhar, a ouvir a tua palavra, a amar o teu coração...